Para não esquecer...

AS NÃO-NOVIDADES DA ESEN

ESEN ViseuJá, em outra ocasião, estranhei aqui o facto de o sítio da web da Escola Secundária Emídio Navarro de Viseu ter um rectângulo destinado a anunciar novidades
[que noutras épocas por lá deslizaram]
mas estar completamente vazio há bué de tempo. Por falta de novidades, não me parece ser
[temo-las aos montes, boas e menos boas. Do domínio da educação e de outros].
Pergunto, por isso, de novo e inocentemente: por que será? preguiça? impossibilidade... técnica? administrativa? burocrática?
[seja por que razão for, que dá mau aspecto dá].
escrito por ai.valhamedeus

23 comentário(s). Ler/reagir:

jcosta disse...

Excepto nos sítios onde se forjam [e até aí], as notícias corporizam aquilo que acontece. Das duas uma [ou mais]: as notícias/novidades não são do nosso [salvo seja] agrado, acontece a quem tem uma visão muito própria do mundo – a História guarda uns tantos tenebrosos exemplos de salvaguarda dos costumes, por mor de tal visão [1984!]. Pode acontecer que para fazer deslizar [no vazio] cada notícia/novidade seja necessária autorização especial e aí, a razão há-de ser burocrática, como muito bem nos explica B. Brecht em Dificuldade de Governar, de onde cito, segundo o meu critério, algumas estrofes:

Todos os dias os ministros dizem ao povo
Como é difícil governar. Sem os ministros
O trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima.
[…]
Se governar fosse fácil
[…]
Se o operário soubesse usar a sua máquina
E se o camponês soubesse distinguir um campo de uma forma para tortas
[…]
E só porque toda a gente é tão estúpida
Que há necessidade de alguns tão inteligentes.


Brecht à parte, Também o Luís [de Camões] tentou explicar que

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança. Todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, diferentes em tudo da esperança. Do mal ficam as mágoas na lembrança, e do bem, se algum houve, as saudades. O tempo cobre o chão de verde manto, que já coberto foi de neve fria, e em mim converte em choro o doce canto. E, afora este mudar-se cada dia, outra mudança faz de mor espanto: que não se muda já como soía.

Ocorre-me que tudo isto, para além do mau aspecto, coisa de não somenos importância, nada terá a ver com o que o Laurence Sterne afirma quando sentencia que

a censura é o imposto da inveja sobre o mérito. Não!

Novidades disse...

Afinal, tanto barulho para nada. Na caixinha vazia,já desliza por lá uma "novidade"; é institucional, é sim senhor; bacteriologicamente pura, também e... não embaraça ninguém.
Queriam uma "aventura", era? ainda é cedo. Cedinho!

Novidades novidades disse...

Pois é, pois é... não é. É novidade repetida das notícias, o que faz sentido, quando as notícias são novas ou as novidades são notícias. Assim, sim. Como diz o jcosta, perdão o brecht, ai se não fossem (as novidades dos) ministros! coitado do povo!!!

Novidades novidades disse...

E se nós proclamássemos as novidades a sério aqui, no ai jesus? Se o ai meu Deus deixasse, não era boa ideia?

Começo eu. Ouvi dizer que o senhor director, perdão Senhor Director, tenciona fechar o bar dos Senhores Professores e entregar o bar e a cantina a uma Senhora Empresa. Isto pelo menos se diz nos Senhores Mentideiros, que é como quem diz no Rádio Rumores. Será verdade?

Novidades disse...

Também colhida na redacção dos mentideros e divulgada, na rádio Rumores, pelo nosso já intrépido radia(ca)lista (acabado de contratar), estará para breve a abertura de um concurso para a criação de uma página - a sério - para a ESEN. Aí sim, rolará tudo, até...
Como agora se diz, prontos, queriam novidades, já as têm! shimplin.

vitor m disse...

Eu (suspeito nesta matéria, dirá o aijesus...) só acho estranho que, estando a página da escola de tanga desde que faleceram os seus grandes mentores e quase únicos sustentadores, João Almeida e Rafael, só este ano lectivo as "queixas" se sucedam neste blog.
Por outro lado, a pouco contida aversão (justificada ou não) de muitos colegas do grupo que a sustenta(va) à actual direcção da escola (na qual e para o qual - implementação de modelo - contribui zero, ao contrário de outros que nele/a ou contra ele/a participam ou participaram), também poderá contribuir para enquadrarmos e percebermos, se quisermos, a situação, de forma não tão maniqueísta...
Mas isto sou eu pr'áqui a pensar...:-))

Ai meu Deus disse...

Ó vitor m,

suspeito não digo que sejas. Mas estranho és. Por estas razões, designadamente:

1) eu, que expressamente (oralmente e por escrito, nos locais apropriados) estranhei o modo como a net funcionou na finda direcção -- eu, nesses idos, nunca te ouvi criticar, pelo menos com a força com que aqui "defendes" (ou justificas) a "actual direcção";

2) no que a mim diz respeito, a razão por que este blogue se tem feito eco das críticas que tu criticas é esta: na anterior direcção tive oportunidade de, por outros meios, fazer essas críticas -- e, já agora e para que conste, com outra "aceitação" da parte da "anterior" direcção;

3) que alguém não tenha criticado antes não impossibilita que critique agora. Há até dobradas razões para o poder fazer: a "actual direcção" criticou veementemente a "antiga direcção" por "factos" que agora se mantêm ou até pioraram (designadamente os que têm sido referidos neste blogue).

Isto sou eu tb pr'áqui a pensar... não maniqueisticamente.

jcosta disse...

Maniqueísmo há-de ser (se o suspeito do costume não mandou alterar-lhe o sentido) doutrina bastante para ver o que se pode ver – e até o que nem se vê – regulado pela luz ou pelas trevas; talvez daí derive a expressão que configura a realidade a preto e branco, eliminando, por simplismo apressado, as restantes cores do espectro. Afirmar que “estando a página da escola de tanga desde que…” não só não é correcto, como nem sequer é justo. Fruto de abnegada carolice, disponibilidade pessoal e muito voluntariado, recorrentemente incompreendido, embora não tanto como o que agora se verifica, vários módulos foram sendo acrescentados e melhorados desde então e só não querendo, não se vê. Dou apenas alguns exemplos, que pecam por defeito: Quase toda a legislação específica está disponível nos “Palcos Virtuais”, bem como muitíssimas outras informações; a “Frase do dia” foi outra inovação de relevo (para quem goste); a “caderneta virtual” foi melhorada e mantida em funcionamento, pese embora a dificuldade inerente à sua operacionalização e à nossa adesão; o dia do calendário aparece com referência à celebração em curso; São cada vez mais as escolas, apoiadas pela equipa dos Palcos Virtuais da ESEN, que aderiram ao projecto “de tanga”; existem vários projectos incubados e, pasme-se, mesmo de tanga, os Palcos Virtuais foram reconhecidos, premiados e várias vezes elogiados por gente que nos visita virtualmente. O número de visitas fala por si. Uma página, como a da ESEN, criada por qualquer instituição, como é público no Diário da República, custa, só em manutenção, uns largos milhares de euros por ano. Aqui, é grátis!
Ainda bem que iniciaste o teu comentário com uma pertinente declaração de interesses; de outro modo nem se entenderia como poderias vir à liça atropelando o 2º mandamento dos maniqueus, que afinal exorcizavas: Purificar o que sai da boca: não praguejar, não mentir, não levantar falso testemunho ou caluniar.
Como diria o Bosko, That's all folks

Anónimo disse...

Dar valor às pessoas quando elas já não estão entre nós, é fácil!
Infelizmente, as mesmas pessoas que agora lhes dão valor, eram as que mais as criticavam.
É triste...
Espero, quando morrer, que me gabem tanto como agora criticam os que trabalham em prol desta escola.
Mas enfim, há quem se recuse a ver o evidente.

Ai meu Deus disse...

Perdão, último anónimo. Sou das "pessoas que agora lhes dão valor" e já lho davam antes de morrerem. Em particular ao Rafael (já que conhecia mal o trabalho do João). Trabalhei com ele na caderneta virtual (de cuja ideia sou, como é mais ou menos público, o pai) e tive oportunidade de entrar um pouco nas "entranhas" da plataforma virtual da Escola. Aliás, nesses tempos idos, a "plataforma" deu um salto qualitativo importantíssimo (que eu defendi durante algum tempo, antes de ser concretizado): a sua passagem à Internet -- quebrando as barreiras e as limitações da Intranet. No meu entender, foi esta transformação que lhe deu verdadeira utilidade.

Penso igualmente que a perda dos 2 colegas se reflectiu na "plataforma" de modo bem visível. Julgo ser pacífico que o seu desempenho foi afectado negativamente por essa perda.

vitor m disse...

Caro anónimo, não é verdade que eu tenha alguma vez criticado o trabalho do João ou do Rafael - bem pelo contrário... É verdade sim que, apesar do que invoca o Jcosta, a página e o serviço de internet da escola se têm vindo progressivamente a degradar, desde o desaparecimento daqueles colegas. Isto ouve-se nos corredores, parece-me que não estou sozinho nesta apreciação...
Jcosta, és de facto muito bom em argumentação, não tendo portanto necessidade de entrar pelo insulto barato do tipo, "o suspeito do costume...sentido", para denegrires as opiniões dos outros.
Eu, ao contrário de ti, estive firmemente longe da implementação deste modelo de gestão, lutei (também contigo) contra ele nas ruas e onde foi necessário, tendo-o rejeitado sempre, de forma consequente, acho.
Não tiveste essa postura, acabando por embrenhar-te nele, mas isso é lá contigo. This is a free country, e a minha opinião/postura é tão legítima quanto a tua.
Aijesus, insistes em colar-me à actual direcção. Verás, como já viste, que se trata de um esforço inglório... :-))

jcosta disse...

Oh vitor m!
o chapéu, digo suspeito, não era para a tua cabeça mas, se lá foi parar, paciência; não sabia que já tinhas poder para mandar/legislar sobre o sentido das coisas. Não te imaginava no governo, zurzido pelo Brecht. Se era esse o "insulto", estamos conversados.

Sobre o que interessa:
1. Serviço de Internet e página da escola, serão coisas diferentes, embora se confinem. A degradação do serviço de Internet há-de ter [também] outras razões mais presas a obras do que a pessoas, digo eu.
2. O facto de haver corredores onde se fala e muitos falarem, não significa que tanto a substância como a quantidade do assunto se possam aferir por esse critério.
Concretamente, na página, o que se terá degradado?
3.Retomando a questão da "pouco contida aversão... à actual direcção", também pode ser lida em sentido inverso, não pode? E se assim for, estados de alma pagos com subvenções, que me reservo de não classificar, retiradas ao sacrificado erário público, penso eu, deveriam ser parte da solução e não do problema. Aceitar uma missão pública, mesmo bem paga, não deveria sustentar humores pessoais que, como bem sabes, em nada dignificam a Instituição que se serve, sendo que alguns a servem graciosamente (grupo dos Palcos Virtuais). Este modelo, sobre o qual já reflecti e escrevi, dispõe de condições (estabilidade, alargado número de elementos, suporte financeiro e outras) que nenhum executivo alcançou – não se sabendo ainda para quê, sabemos bem porquê. Quanto às minhas posições, morando elas também no foro pessoal, que é a minha reserva, são públicas e, envolvido no modelo, cujas vicissitudes conheço para além da teoria, jamais deixarei de aproveitar, uma nesga que seja, para fazer regressar as práticas democráticas interrompidas ao seio da escola pública. Difícil? Com certeza. Utopia? Também respiramos por aí.
Quanto ao insulto que referes e eu não descubro, é bom que saibas que o respeito que tenho por ti e por mim jamais me levaria, a não ser por mesquinha miopia, a trilhar caminhos tão ínvios. Gosto de uma boa polémica e das ideias que a sustentam, o resto são [des]classificadores do discurso, distracções em tempos de opróbrio.
Um abraço, do mais largo horizonte.

Ai meu Deus disse...

Ó vitor m,

dizes de/para mim
(embora o Ai Jesus seja muito mais do que eu, penso que é a mim, o Ai meu Deus, que te referes):
"Aijesus, insistes em colar-me à actual direcção. Verás, como já viste, que se trata de um esforço inglório... :-))".

Peço-te 2 esclarecimentos, please:

1) se "insisto", é porque já antes o fiz. Repetidamente? Quando é que o fiz?

2) quando é que te "colei à actual direcção"? será que é quando escrevo que

"eu (...)nesses idos, nunca te ouvi criticar, pelo menos com a força com que aqui "defendes" (ou justificas) a "actual direcção""? ;

(Se é, digo-te já que isso não é colar nada. É apenas atacar os teus argumentos. Objectivamente, estes são 2 argumentos TEUS, que "não colhem", e foi só isso que eu procurei mostrar:

a) TU criticas gente que, dizes tu, critica esta direcção e não criticou a anterior -- como se o não ter criticado antes impossibilitasse criticar agora (independentemente de isso se não aplicar, pelo menos a mim);

b) TU estranhas que este blogue manifeste "pouco contida aversão" a esta direcção e não à anterior. Também te expliquei porquê (mesmo sem te ter dito tudo).

Quanto ao mais, os adjectivos são teus, e os apelos velados também: aos que criticam esta direcção dizes que têm aversão "pouco contida"; chegas mesmo a sugerir o "enquadramento" e a "compreensão" da "situação" actual (porquê?); criticas mais ou menos veladamente os que agora "contribuem zero"... Na minha resposta anterior, não fui por aí, não te colei a nada -- mas, já agora que tu chamas a conversa, atrevo-me a dizer que isto és tu quem o diz, não sou eu quem te cola, és TU, ainda que de modo muito velado, quem se cola. E disso não tenho eu "culpa").

vitor m disse...

Aijesus, antes de esmiuçar o que me dedicas, peço-te que leias de novo o que escrevi.
Vá lá, está em Português... ;-))
Umas dicas: o "...a sustenta" do 2º parágrafo refere-se à intranet/internet - parece-me claro. Não é ao teu blog que me refiro quando falo da aversão, parece-me claro.
Acho que me leste de raspão, mas que se lixe! Vou mas é ouvir o CD que me passaste...

Ai meu Deus disse...

Ó vitor m,

em vez de leres de raspão o que escrevo, para ouvires música, lê bem o que escrevo, em português (pode ser enquanto ouves música). Eu sei que não te referias ao NOSSO blog quando falaste de aversão. Transcrevo-me: "TU estranhas que este blogue manifeste "pouco contida aversão" a esta direcção e não à anterior". "A esta direcção", repito. "A esta direcção"...

Vá lá, segue o conselho que me deste (e que para mim não é necessário. Já sou praticante desse tipo de leitura).

vitor m disse...

Estou a seguir o conselho que me deste e que eu te dera também.
Tens razão em relação ao sujeito de "aversão" - dou a mão à palmatória.
Contudo não vejo porque não consegues ler as minhas opiniões sem as encostares à defesa desta direcção (já de viva voz mo disseste n vezes).
Sou desalinhado desde os tempos do bloco soviético e do capitalista e, por muito que o estranhes, não estou contra nem a favor da actual direcção da escola.
Acho que se impunha uma mudança - toda a gente o dizia, tu incluído. Eu preferia que o modelo fosse democrático mas essa guerra com Sócrates ,ainda não a vencemos.
Apesar do processo de "escolha" do director ser, para mim uma coisa no mínimo aberrante, ainda não vi da parte da equipa que lidera a escola atitudes anti-democráticas. Vejo sim lobbies que foram mexidos e alguns colegas descontentes, o que é natural e legítimo. Porventura terás mais informação do que eu sobre estas matérias e daí resultar uma outra apreciação do ambiente da escola.
Sei lá...
Vou voltar ao Olu Dara e xonar :-))

Ai meu Deus disse...

vitor m,

1) repito: não sou eu quem te encosta à actual direcção; foste tu quem se encostou, como já provei (ou tentei provar) noutra resposta;

2) a questão não é "escolher" entre a actual direcção e a antiga, sobretudo porque a actual ainda não teve tempo de mostrar "trabalho global"; mas já houve tempo para vermos que, com esta direcção (e, segundo parece, por "culpa" dela), a página da escola está PIOR do que estava antes. Pior, repito! (queres que te demonstre ou isso, que é evidente, também é evidente para ti?)

3) Também já houve tempo para suspeitarmos de algumas atitudes menos democráticas da parte desta direcção. Repito: trata-se de suspeitas, embora fortes, porque não tenho informações suficientes. Dou um exemplo, avivando a memória. Quando publicitei o lançamento do "sistema wiki" (foi de publicitação que se tratou; a rima foi mera brincadeira), a coisa foi retirada do site. De início, pensei tratar-se de uma "retirada provisória" por qualquer razão técnica; mas a coisa persiste; mais: desapareceram as novidades, onde tinha sido publicitada a coisa. Ora isto cheira-me a algo pouco democrático: cheira-me a CENSURA. E, embora eu saiba que não há nenhuma direcção de director que seja tão democrática como um conselho executivo eleito, sempre acreditei que pudesse haver um mínimo de democracia. E, a confirmarem-se estas fortes suspeitas de CENSURA, o mínimo que posso dizer é que é muito lamentável (há, aliás, outros fortes indícios de MÁ CONVIVÊNCIA desta direcção com opiniões divergentes -- nisto a anterior direcção ganha a esta aos pontos).

4) Quanto aos lobbies, isso é desculpa para muita coisa. Alibis do mais puro... Como sabes, os comunistas também eram alibi para muita coisa, antes do 25 de Abril. Até para perseguir gente que de comunista não tinha nem a ponta das unhas...

Anónimo disse...

Aliás, suspeita-se que as suspeitas não sejam assim tão infundadas, por exemplo, o lobbie dos horários - e os horários são nominais e públicos - adoptou(!?) a máxima (uma espécie de aviso à navegação) de "quem se mete com... leva!"
Podem facilmente estabelecer a correlação entre as "facilidades", para não usar um termo mais expressivo, e o (des)alinhamento.
Os rumores vão até mais longe...
Coincidências?

vitor m disse...

Anónimo, se pretendes insinuar que o meu horário se pode colar ao lote dos beneficiários do "lobby dos horários", sugiro-te que o releias com atenção - estou em final de carreira, tenho 3 níveis, se calhar 4 (ou mais, dada a heterogeneidade dos cursos EFA) e não vejo nele qualquer tratamento de favor...
Quanto ao (des)alinhamento, não falo com gente de cara tapada...

Aijesus, podes honestamente sustentar que na nossa escola, como em quase todas, os lobbies se não mexem quando lhes retiram privilégios? E que muitas vezes se (res)sentem de forma muito pouco elegante?
Quanto à tua já chata insistência em que eu, porque manifestei discordância contigo nesta matéria, me encostei à actual direcção, enfim não sei que dizer, a não ser, "fica na tua que eu fico na minha"...

jcosta disse...

Ó vitor, o problema não há-de morar no teu horário, nem nos restantes, suponho. A questão passará mais por aquilo que não contestas (e até admites): os lobbies e en passant, os "privilégios". Ambos: lobbies e privilégios põem em causa, a meu ver, princípios e valores, essenciais em democracia, por uma única e simples razão: geram e satisfazem clientelas, assentes em tudo e, até pode acontecer, no mérito. Não sei se existem ou não lobbies; sei que há, como sempre houve, horários melhores e piores, às vezes segundo um ponto de vista muito pessoal e pouco fundado. Aceitar que isso não é por acaso, ou é culpa do programa informático, ou do fatal destino, já me parece bastante preocupante, por se tratar de coisa pública e pouco consentânea com uma desejável igualdade de tratamento.
Se o horário é elemento de satisfação/insatisfação para o ano inteiro (para alunos e professores), não vejo razão para que se não faça tudo, o que for humanamente possível, para conseguir, nem que seja, "o maior bem para o maior número"

vitor m disse...

Jcosta, ou eu ando a escrever o que não penso ou me andam a ler ao contrário.
Onde é que eu digo que não contesto os lobbies? Claro que me indignam os grupos de influência, mas isso é lá com eles.
Quanto ao resto do teu comentário, totalmente de acordo contigo.

Ai meu Deus disse...

Meu caro vitor m,

tu pareces especialista em atirar ao lado ;-). Escreves:

1) "Aijesus, podes honestamente sustentar que na nossa escola, como em quase todas, os lobbies se não mexem quando lhes retiram privilégios?"

E daí? supondo que sim, ou que não, o que é que isso interessa para a discussão do que realmente se está a discutir?

A questão é: o sítio da ESEN está ou não pior agora do que estava no ano passado? (eu tentei provar que está pior e parece-me que por "culpa" da direcção) A presente direcção lida ou não lida mal com a divergência de opinião? (eu penso que lida mal). A actual direcção tem ou não tem tiques antidemocráticos? (eu penso que tem).

2) Dizes ainda: "Quanto à tua já chata insistência em que eu, porque manifestei discordância contigo nesta matéria, me encostei à actual direcção, enfim não sei que dizer, a não ser, "fica na tua que eu fico na minha"...

Este é o argumento final de quem já não tem argumentos. Eu tenho-te citado nesta matéria, para provar o que digo. Foste TU quem chamou à contenda os teus encostos (relê-te: os encostos a mim não me interessam; interessa-me discutir ideias. Mas, se os chamas...). És TU quem se encosta, não sou eu quem te encosta (citei-te para provar que assim é). Mesmo o alibi dos lobbies, que TU também convocaste para a discussão (e que ainda não provaste existirem: quem são os lobbies? são lobbies porquê? que poderes têm ou tiveram? de que modo dominaram, se é que dominaram?) não tem outro efeito senão tentares justificar a direcção, como se a questão fosse a luta contra lobbies (e, portanto, justa).

Ora ora...

vitor m disse...

Não me faças rir, aijesus!:-))
Não há lobbies (se preferires lobbyzinhos) na nossa escola? Essa é boa!
Estamos em alguma reserva natural de bons selvagens, todos vacinados contra a gripe L?
Todas as escolas com alguma dimensão têm lobbies, e porque raio escaparia a nossa à pandemia?)
Provar-te que existem?
Como?
Faço o diagrama? Cito nomes?
No way!
Fica a acreditar piamente que os não há, que eu mantenho o contrário.


Quanto aos tiques antidemocráticos desta direcção, não os vi ainda, nem ouvi falar deles, mas estarei contigo e contra eles quando se manifestarem - penso que não terás quaisquer dúvidas sobre isso.
Sobre a minha (sugerida ou não) falta de argumentos aceito pacificamente que não tenho os teus ou os do Jcosta dotes oratórios/retóricos, o que me não impede de vir à liça (desajeitadamente, se quiseres) quando me apetece.
E para concluir, reafirmar que há momentos nas discussões (quaisquer que elas sejam) em que tem mesmo que se dizer, "fica na tua que eu fico na minha".

No hard feelings, OK? ... ;-))