Para não esquecer...

ANTI-PIRATARIA * 24. o pesado lastro da ganância

"Zambita para que canten
Los humildes de mi pago
Si hay que esperar la esperanza
Mas vale esperar cantando."
Se o referido projecto for aprovado, os humildes terão que esperar mais 20 anos, já que "Zamba de los humildes" consta de uma lista de obras que estão "seriamente ameaçadas" (sic) de passar ao domínio público. Este LP é, aliás, uma prova clara de que se está a legislar em benefício das companhias discográficas multinacionais
[Sony BMG Music Entertainment inclui-o no seu catálogo e logicamente espera um aumento de vendas, como ocorre sempre que morre um artista popular]
e a fechar ainda mais a autêntica democratização do património cultural.

Mais informação aqui.

2.
No Dia da Consciência Negra, o Partido Pirata Argentino
["mais do que um partido... um domínio público"]
publicou a versão portuguesa do seu manifesto. Um documento onde se reivindica a bandeira, o legado e o nome dos Piratas, na periferia do que alguns chamam ilegalidade, pela igualdade, liberdade, autodeterminação e autêntica convivência multicultural, contra os monopólios do conhecimento, da cultura, e do patenteamento da vida, contra as metrópoles actuais que depredam os recursos naturais
[mares, ventos, planícies e montanhas]
nas suas colónias -- o planeta inteiro. Pela libertação do pesado lastro da ganância.

O partido assume, expressamente, o assalto às "naves do egoísmo e do saqueio, para quebrar a opressão das falsas leis da escassez, do copyright e de seus artificiais feudos imateriais, fraudulentas miragens propagandísticas que nos restringem o acesso a este novo mundo da abundância multicolor, onde todos nós podemos criar, copiar, multiplicar e compartilhar". Defende, por outro lado, "a privacidade, o anonimato, as redes livres e a neutralidade da Internet, como ferramentas de libertação que nos permitam seguir sustentando nossa autonomia, capacidade de nos organizar e de resistir às leis cerceantes".

...Um programa fundamentado no princípio de que "a liberdade, a solidariedade e os compromissos colectivos são o único caminho sustentável para seguir existindo como seres humanos em nosso planeta".

escrito por ai.valhamedeus

0 comentário(s). Ler/reagir: