O referendo na Suíça deu uma vitória ao não, quanto à construção de minaretes nas mesquitas.
O referendo é uma das formas mais salutares e directas de consulta popular, quer se queira quer não. Os resultados são aquilo que são e chamar imbecis aos 57% dos suíços que votaram a favor da proibição não ajuda nada. Os suíços recorrem ao referendo por tudo e por nada e já têm uma longa experiência neste tipo de consulta. Não os podemos acusar de manipulados ou inconscientes. Os suíços são conscientes.
O que este referendo revela é uma coisa mais séria. Revela que não toleramos o outro, que não queremos o outro e o resto são cantigas. A Europa-fortaleza está aí. A Europa católica é esta, a Europa nazi começa assim. E não sabemos como vai acabar. Ou sabemos?
O referendo é uma das formas mais salutares e directas de consulta popular, quer se queira quer não. Os resultados são aquilo que são e chamar imbecis aos 57% dos suíços que votaram a favor da proibição não ajuda nada. Os suíços recorrem ao referendo por tudo e por nada e já têm uma longa experiência neste tipo de consulta. Não os podemos acusar de manipulados ou inconscientes. Os suíços são conscientes.
O que este referendo revela é uma coisa mais séria. Revela que não toleramos o outro, que não queremos o outro e o resto são cantigas. A Europa-fortaleza está aí. A Europa católica é esta, a Europa nazi começa assim. E não sabemos como vai acabar. Ou sabemos?
escrito por Carlos M. E. Lopes
7 comentário(s). Ler/reagir:
Ó ilustre jurista
"A Europa-fortaleza está aí.
A Europa católica é esta,
a Europa nazi começa assim.
E não sabemos como vai acabar. Ou sabemos?"
Seria bom que o competente filósofo, cá da casa, analisasse o silogismo para sabermos se a conclusão faz algum sentido.
E já nem falo no contexto real das civilizações e das religiões, pois gente mais intolerante que aquela, não existe à face da Terra.
A lapidação, o corte de membros, a obrigatoriedade de uso de determinadas vestimentas... é prática corrente naquelas sociedades.
Mas os "bem-pensantes" só se manifestam contra a pena de morte nos USAS, onde até se dão todas as possibilidades de defesa ao réu, o que não invalida que não haja erros judiciários grosseiros.
Discurso do 1º Ministro Australiano à comunidade Muçulmana
"OS IMIGRANTES NÃO-AUSTRALIANOS, DEVEM ADAPTAR-SE.
É pegar ou largar! Estou cansado de saber que esta nação se inquieta ao ofendermos certos indivíduos ou a sua cultura. Desde os ataques terroristas em Bali, assistimos a uma subida de patriotismo na maioria do Australianos.
A nossa cultura está desenvolvida desde há mais de dois séculos de lutas, de habilidade e de vitórias de milhões de homens e mulheres que procuraram a liberdade.
A nossa língua oficial é o Inglês;
Não é o Espanhol, o Libanês, o Árabe, o Chinês, o Japonês, ou qualquer outra língua. Por conseguinte, se desejam fazer parte da nossa sociedade, aprendam a nossa língua!
A maior parte do Australianos crê em Deus.
Não se trata de uma obrigação cristã, de influência da direita ou pressão política, mas é um facto, porque homens e mulheres fundaram esta nação sobre princípios cristãos, e isso é ensinado oficialmente.
É perfeitamente adequado afixá-lo sobre os muros das nossas escolas.
Se Deus vos ofende, sugiro-vos então que encarem outra parte do mundo como o vosso país de acolhimento, porque Deus faz parte da nossa cultura..
Nós aceitaremos as vossas crenças sem fazer perguntas.
Tudo o que vos pedimos é que aceitem as nossas e vivam em harmonia e em paz connosco.
ESTE É O NOSSO PAÍS, A NOSSA TERRA, E O NOSSO ESTILO DE VIDA.
E oferecemos-vos a oportunidade de aproveitar tudo isto. Mas se vocês têm muitas razões de queixa, se estão fartos da nossa bandeira, do nosso compromisso, das nossas crenças cristãs, ou do nosso estilo de vida, incentivo-os fortemente a tirarem partido de uma outra grande liberdade autraliana:
O DIREITO de PARTIR.
Se não são felizes aqui, então PARTAM.
Não vos forçámos a vir para aqui. Vocês pediram para vir para cá. Então, aceitem o país que vos aceitou"
Acho que o Drº Carlos Lopes pôs o dedo na ferida, só que em minha opinião o mundo pode repetir a história em alguns lugares, mas cabe aos que estão conscientes desse facto trabalhar, intervir, ser cidadão activo, para que isso não aconteça.
Austrália deu provas de raciocínio “burro” no sentido de raciocínio “incorrecto” dando provas de “desconhecimento científico”, todos os estudos apontam para que o que existe de negativo na vinda de imigrantes é inferior ao positivo.
Os Suíços não são tolerantes na sua vida quotidiana, o quotidiano suíço é sem sabor sem emoção, a previsão tudo o respeito total por paisagem, vida individual, silêncio, horário, é bom mas chega a asfixiar e a causar medo, mesmo que se esteja lá a viver somente uma semana e de tolerante é que nada têm.
Portugal tem demonstrado que pelo menos ao nível do trabalho técnico e político está consciente de como usufruir das potencialidades da imigração e tem honrado a nossa história de emigrantes trabalhando para uma integração dos povos que o nosso espaço geográfico escolheram para viver, o que aliás foi reconhecido internacionalmente, claro que daí a sermos todos tolerantes e integradores vai o passo de um abismo, mas cabe descobrir o que fazer para anular o abismo.
Talvez os que aqui se expressam devam pensar de quando em vez porque têm desmonstrado que nem entre si próprios são tolerantes, se não somos tolerantes com os pares, com a família, com os amigos, com os etcs todos que fazem parte do nosso mundo, como seremos com o Outro
As chamadas civilizações ocidentais têm um histórico de intolerância que em nada fica atrás do que ainda se verifica nos países muçulmanos. Pensemos nas cruzadas, nas colonizações, na escravatura.
Conseguimos dar um grande salto em frente no sentido da humanização, da democracia, da liberdade, mas ainda não da igualdade económica. Continuamos a ter pobreza chocante em contraste com uma opulência imoral.
Acredito que as civilizações de raiz islâmica evoluirão, mais tarde ou mais cedo, para formas de viver livres e democráticas.
Não me parece que constituam um perigo para a liberdade, pluralidade e democracia que vivemos no Ocidente...
Isto da tolerância é muito interessante. Exemplo: o último anónimo pensa que publicou um comentário bestial sobre a tolerância. Se não pensasse assim, não o teria publicado. Ora, a linguagem é traiçoeira quanto baste. «...os que aqui se expressam devam pensar de quando em vez». Esta foi a vez em que o meu homónimo pensou? Que pensou? Que os outros não são tolerantes...
Depois trata de ser parte de... mas só retoricamente.
Tremendo exemplo para um «manual de bem cavalgar em toda a sela da tolerância».
Coala mostrou-nos um discurso muito direitinhο, muito bem estruturado, muito patriótico, muito nacionalista, muito cultural. Muito. Muito.
Só que o autor omitiu um par de coisas miúdas, do tipo:
1. Alguns australianos falam inglês há dois séculos. Outros falam outras línguas há muiiiiitos séculos.
2. Os bisavós do autor chegaram como imigrantes e não aprenderam a língua dos povos de acolhimento.
3. A religião que agora defende como nacional, não era a religião da Austrália.
4. Se aceitamos como correcto que os australianos digam «ESTE É O NOSSO PAÍS, A NOSSA TERRA, E O NOSSO ESTILO DE VIDA», então os imigrantes que impuseram o crsitianismo e o inglês deveriam exercer o sagrado DIREITO DE PARTIR.
«Politicamente incorrecto», onde é que eu já vi isto?
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