Para não esquecer...

ASSEMBLEIA GERAL DOS ADVOGADOS

A Assembleia Geral dos Advogados rejeitou o orçamento para 2010 do bastonário Marinho Pinto. Ainda bem.

Quem está de fora não faz ideia do que é a demagogia à solta. O homem cozinha alterações ao Estatuto segundo as quais a Assembleia Geral só poderia deliberar no sentido de recomendações. Deixava de ser o órgão soberano por excelência. Depois de ter suspendido o pagamento das quotas e de se remunerar
(diminuindo receitas e aumentando a despesa),
agora havia que “reestruturar” a Ordem despedindo pessoal
(ele que tente um apoio aos serviços informáticos da Ordem e ficará a saber o que é esperar, às vezes, dias para ser atendido),
porque a Ordem não tem dinheiro. De resto, o que faz qualquer “gestor” que chega a uma empresa. Desmantelar os Conselhos Distritais, porque tudo pode ser feito a partir de Lisboa. Uma boa forma de aproximar a decisão dos destinatários. Defendeu acerrimamente o fim das férias judiciais
(coisa que não tem mal nenhum),
mas bateu palmas à notícia que dava como certo que os prazos para os advogados se suspendiam de 15 a 31 de Julho
(coisa para a qual se estava borrifando).
Tornou-se caninamente socrático, para ter um lugarzinho onde quer que seja. É um “justiceiro” “democrata” a quem não reconheço estatura para o lugar. Mas temo que, tal como no caso dos minaretes, a turba lhe dê razão.

Só para dar uma ideia... Esta Assembleia foi convocada para 30 de Novembro, a seguir ao fim de semana e antes de um feriado, para que fosse muito “concorrida” e ele pudesse fazer aprovar o que quisesse. Nas Assembleias muitos advogados se fazem representar por colegas. Marinho Pinto não gosta disso. Perde sempre. Então, vai de lá, em deliberação do Conselho Geral, presidido por ele, é emitido um comunicado em que as procurações têm de ser verificadas com dois dias de antecedência. Tempo que ele julgava suficiente para poder mobilizar as suas tropas e impedir muitas procurações contra ele. Ora é normal que muitos advogados deixem para a última hora as procurações. E ele pensava isso. Enganou-se. Quase dois mil advogados votaram contra ele. Quinhentos apoiaram-no.

O presidente do Conselho Superior requereu a realização de uma Assembleia Geral para discussão da reforma do Estatuto, ele ignorou o pedido, previsto na lei. Há um pedido de realização de Assembleia Geral, ele ignora. Faz o que quer e o que lhe apetece e ainda lhe sobra tempo para diatribes inconsequentes e desmioladas.

Haja paciência!

[Não gosto de tratar destes assuntos no Ai jesus!. Espero que esta seja a última vez].

escrito por Carlos M. E. Lopes

4 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Se nao gosta porque tratou???? fiquei curioso!!!!!!!!!!!!

Anónimo disse...

O erro está em quem não votou! os que elegeram foram lá e votaram se não era o que a maioria dos advogados queriam os que lá não foram ou não se fizeram representar que o tivessem feito!!! reclamam de quê? ele foi eleito pelos advogados, não foi imposto!!!!

Anónimo disse...

O fim das férias judiciais é mau porquê???
E....prazos para os advogados se suspendiam de 15 a 31 de Julho é bom ou mau???e o que é????

Anónimo disse...

Durante esse período os prazos dependuram-se de cabeça para baixo. Pode ser bom, mas se têm problemas de circulação, podem morrer de apoplexia. Os prazos. Os advogados... não há nada que os mate.