Viveram-se
[viveram]
momentos históricos em Portugal, nos últimos dias.
[aplicado a eles]
o que for. Chegaram a conclusões sem objecções
[diz o primeiro de Portugal],
mas com algumas
[diz o primeiro-mor do Brasil].
Tudo muito importante
[o suficiente para o aguardado Chávez nem aparecer e o primeiro-mor do Brasil não ficar por cá senão o tempo suficiente para ser visto].
Suficientemente importante para haver tempo suficiente para uns banquetes
[é à mesa, diz-se, que se tomam as grandes decisões. Que seja!]
e as primeiras-damas se passearam por museus e sítios turísticos
[e a primeira-dama republicana de Portugal se mostrar às televisões, ao lado da rainha espanhola, estabelecendo "laços afectivos muito importantes" entre os cônjuges e movimentando-se, desgolada e desconjuntadamente, de parola-perna-aberta; juro que pensaria dela uma coisa má, não fosse a certeza de o austero esposo parecer ser alérgico a álcoois e, portanto, não lhe permitir abusos dessa natureza].
E entrou em vigor um tratado com o nome de Lisboa. Uma coisa deslumbrante, como sabem todos os portugueses que votaram a favor do dito
[como tinha sido prometido em campanha eleitoral, e foi cumprido, pelo governo do pê-èsse]
e os muitos europeus que com o seu voto apoiaram o voto dos portugueses. Um brilhante modelo de democracia popular...
... ...
E o povo, pá?
Bem... o povo, para além de também querer ferraris e mazerattis e lamborghinis e estofos em pele e manetes das mudanças em marfim, o povo, pá!, tem 10,2% de desemprego
[tinha 10,2% em Outubro -- e já tinha o valor de desemprego mais alto desde que há memória escrita; agora, em Dezembro, tem mais, de certeza].
Tem uma crise que serve de desculpa a tudo, incluindo os milhões de lucros de algumas empresas e os despedimentos de muitos trabalhadores. Tem um governo que atira foguetes para o ar...
...e as promessas de alguma música servida por uma orquestra juvenil inspirada numa outra de louvável iniciativa venezuelana. Valha-nos Deus, que sempre nos atira algumas migalhas do banquete...
escrito por ai.valhamedeus
2 comentário(s). Ler/reagir:
Se acha mal seja mais activo, participativo, e faça politica aliste-se, trabalhe e mostre ao pessoal que sabe fazer melhor para além de criticar, a democracia está aberta a todos
Faz tempo, como diria o meu amigo carioca, que não via este estafado e desgraçado argumento. Então diga lá, ilustre homónimo, quão activo e participativo tem sido e em que política está alistado. É que só assim, seguindo a douta teoria de V.Exa, poderá criticar os que criticam sem alistamento. Ou V.Exa julga e cree que ée a medida certa de todalas cousas que se apalpam debaxo do sol?
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