Para não esquecer...

SUECAS...

O meu amigo António de Olhão é um doido por pizas. Desde novo que acalentava um sonho: empanturrar-se de pizas... em Piza!! Imaginava ele que, sendo as Pizas tão boas em Portugal, como não seriam na origem?!... Uma delícia, certamente. Ao António sorriu-lhe a vida e lá foi a Piza. Esfregou as mãos, escolheu o que havia de melhor e... serviram-lhe a pior piza da sua vida! O António não é homem para se deixar ficar. Perguntou, exigiu mesmo explicações. Lá lhe disseram que a II Guerra Mundial tinha originado muita emigração e que os melhores se tinham ido embora. Isto é, tinham exportado os melhores profissionais e os que tinham ficado eram fraquitos, tinham perdido a mão para fazer uma boa piza. Nunca mais a Itália, e sobretudo Piza, tinha voltado a ter uma boa piza. Lamentavelmente.

O meu amigo Thierry, um francês de Lacrouzette, era um doido por laranjas. Comprava-as, as espanholas, em Castres, uma pequena cidade do Midi, perto de Albi e de Toulouse. As laranjas eram suculentas, grandes, sem defeitos, doces. Uma maravilha. Thierry veio visitar-me e exigiu-me ir a Sevilha comer laranjas. Fomos ao mercado, comprámos cinco quilos de laranjas. O Thierry chegou ao Parque Maria Luísa, sentou-se num banco, sacou das laranjas e começou a comer. A primeira, rejeitou-a porque tinha defeito, a segunda tinha bicho, a terceira amargava. Olhou para mim, incrédulo. Levantou-se furioso e foi comprar a uma banca mais laranjas. O mesmo. As laranjas não tinham o sabor das que comprava em França. Furioso, perguntou ao vendedor o que se passava. O vendedor lá explicou
(o Thierry sabe espanhol)
que as laranjas de primeira são para exportação e que, sendo assim, as que tinham eram boas, mas não tão boas...

Na década de sessenta, com a chegada do turismo ao Algarve havia um mito: as suecas. "Eh pá, chegaram uma suecas a Albufeira
(ou Almufeira, como se diz na minha terra)
que são uma maravilha. Elas só querem sexo e são muita boas". De facto corria a fama
(e o proveito, julgo eu)
de que as suecas eram um deslumbramento. Sadias
(faziam ginástica sueca),
louras, bonitas e sexualmente fáceis. Sempre sonhei vir à Suécia. O resto da estória já vocês sabem...

escrito por Carlos M. E. Lopes

7 comentário(s). Ler/reagir:

IR disse...

Fiquei a pensar sobre pizzas e generos no género e nos homens (suecos nunca conheci mas conheci de outras nacionalidades) nos anos 70 eu tinha 20 anos e os grupos fossem politiccos ou religios eram bastante permissivos no desenvovimento de afectos e amizades (sim mesmo os religiosos,pertenci a tudo jec , joc, e tudo o que mais houve pelo sitio onde vivi)mas.....nunca pensei nos homens como sendo espanhois, franceses, portugueses, chineses, africanos......eram pessoas que por um motivo (que não sei se sei explicar) sintonizavam, mesma crença mesmo ideal político,mesma carencia afectiva mas nunca analisei pelo prisma da nacionalidae, haverá uma melhor que outra? os homens tb têm o mesmo direito de ser bom na cama !!! mas só nos filmes se vê mulheres que falam nos homens como sendo ou não sendo bons na cama, será porque não têm a coragem? E as suecas o que dizem dos homens portugueses? Lembrei da anedota do portugues que tem relaçoes sexuais com uma inglesa....bem... mas a anedota fica para depois

Anónimo disse...

É verdade, foi em Roma que comi a pior piza. As melhores? Em Portugal.
É verdade, foi em Puerto Ventura que comi a pior paella. As melhores? Em Portugal, mais precisamente até aqui, no Algarve.
Gabriela
P. S. Quanto à bondade dos homens im Bett, versus a das mulheres, concordo com IR

Anónimo disse...

IR e Gabriela leram mal, "comme d`habitude".
As estórias abertas têm problemas. Vou contar outra.
Alberto e Bertília eram namorados dos anos sessenta, na altura em que se namorava, recatadamente, às quartas e sábados. Ambos estavam pensativos. Ele pensava como sustentar a mulher (numa altura em que as mulheres não trabalhavam). E ela?
- Em que pensas, amor?
-No mesmo que tu, querida.
- Malcriado!
Há quem pense com a vagina!

IR disse...

Meu caro anónimo (!!!!!) aqui vai a anedota:
Um português encontra um amigo e conta-lhe:
É pá nem sabes o que me aconteceu conheci uma inglesa VIRGEM, tive sexo com ela e era virgem nem acreditava!!!!!!!
A inglesa de que o português falava contava por sua vez a uma sua amiga:
Sabes tive relações sexuais hoje com um português, nem acreditas tinha tanta pressa que nem me deu tempo de tirar as colans
Bem pensar com a vagina não sei o que é, será com o desejo? mas disso o anónimo deve de saber mais do que eu. Mas a tal mulher dos anos sessenta (tinha eu dez anos e portanto nao sei disso falar) pensava com a vagina? ou com o corpo todo? a mulher é bem conhecida por ter o cérebro ligado ao sexo ao contrario do homem, se bem que já se vá encontrando quem afirme sentir de outras formas. Mas meu caro pensar com a vagina deve ser equivalente a pensar com o pénis, não?
e para terminar como sabe que eu costumo ler mal?? já li mais coisas mal por aqui? Esse facto, não consta (que eu saiba) no meu currículo. E ainda, como sabe o sentido do autor, discutiu pessoalmente o assunto com ele?

Anónimo disse...

Mas você, IR, ainda se dá ao trabalho de responder a quem escreve, comme d´habitude, bojardas destas? As mulheres sempre trabalharam. Nem que fosse a aturar e limpar a porcaria de exemplares como este. Anónimos, sem tomates para dar a cara.
Quanto ao resto... bah!
Gabriela

Anónimo disse...

Sexualmente fáceis? o que é isso? sexo pago sei o que é! sexo dificil, ou sexualmente dificil deve de ser quando a um deles não lhe apetece, acontece não estar para ai virado/a, mas sexualmente fácil será como? de pé? sentado? deitado? enfim as tais tantas posições descritas ( e ou experimentadas)
Teresa

Anónimo disse...

Vêm-me à cabeça aquela frase: "nem f......nem saí de cima" quando assim é acontece as vaginas tornarem-se pensadoras..........
Maria João