Morri quando tinha dez anos, numa bela tarde de Outono, sob uma luz que dava vontade de viver eternamente. Beleza de Setembro, nuvens de sonhos, luminosidade das manhãs do mundo, doçura do ar, perfumes de folhas e sol amarelo pálido. Setembro de 1969 - Novembro 2005. Trato finalmente por escrito esse momento da minha existência, depois de uma trintena de livros, que foram o pretexto para não ter que escrever as páginas que se seguem. Um texto deixado para mais tarde, uma imensa aflição por ter que regressar a esses quatro anos de orfanato nos padres salesianos, entre os meus dez e catorze anos de idade, antes de outros três anos suplementares de internato que passei algures. Sete, no total. Aos dezassete anos fiz-me à estrada, morto-vivo, e parti para a aventura que me levou, nesse dia, até esta folha de papel, onde vou entregar uma parte dos segredos do meu ser...Assim começa a potência de existir, um manifesto hedonista do filósofo e escritor Michel Onfray
[Lisboa: Campo da Comunicação, 2009].Uma nova perspectiva de uma sociedade libertária apresentada pelo mais irreverente e controverso filósofo contemporâneo europeu
[garante a capa da obra][O Ai Jesus já fez referência, noutros textos, a Michel Onfray]
escrito por ai.valhamedeus
1 comentário(s). Ler/reagir:
o excerto cativou interesse... Deu vontade de ler mais...
Enviar um comentário