Para não esquecer...

JORNALISMO DE "SERVIÇO"

O MAP é assim. Agora que, praticamente, já quase todos
[há sempre gente mais lenta]
estávamos convencidos da falência da justiça e do efectivo serviço público, prestado pela tv do estado, para onde se podem
[e devem]
transferir, doravante, as questões judiciárias de maior melindre
[e poder],
esta voz dissonante – que o MAP há-de dizer estas coisas em voz alta, qual excepção, resolveu meter-se em contra-mão. Por acaso o “nosso” primeiro, hoje mesmo, a propósito de outro sistema em falência – o da educação – já veio declarar que pouco se importava com as excepções. Valha-nos isso: não há nada que pague um pensamento único e… um carreinho.


Manuel António Pina
Jornalismo de "serviço"

A entrevista "non stop" que, desde que foi condenado, Sua Inocência tem estado ininterruptamente a dar às TVs teve o mais respeitoso e obrigado dos episódios na RTP1, canal que é suposto fazer "serviço público".
Desta vez, o "serviço" foi feito a um antigo colega, facultando-lhe a exposição sem contraditório das partes que lhe convêm (acha ele) do processo Casa Pia e promovendo o grotesco julgamento na praça pública dos juízes que, após 461 sessões, a audição de 920 testemunhas e 32 vítimas e a análise de milhares de documentos e perícias, consideraram provado que ele praticou crimes abjectos, condenando-o à cadeia sem se impressionarem com a gritaria mediática de Suas Barulhências os seus advogados, o constituído e o bastonário.
Tudo embrulhado no jornalismo de regime, inculto e superficial, de Fátima C. Ferreira, agora em versão tu-cá-tu-lá ("Queres fazer-lhe [a uma das vítimas] alguma pergunta, Carlos?"). O "Prós & Contras" só não ficará na História Universal da Infâmia do jornalismo português porque é improvável que alguém, a não ser os responsáveis da RTP, possa chamar jornalismo àquilo.
escrito por ai.valhamedeus

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