A propósito de comemorações: hoje comemora-se o centenário da morte de Tolstoi que, a seu modo, também foi cowboy e insolente. Por ter estado contra a autocracia dos czares, e muito à frente no seu tempo. Foi o primeiro a libertar os servos e dividiu os seus bens igualmente por familiares e servos, depois de a família se opor terminantemente à ideia de doar todas as suas propriedades àqueles. No seu testamento estabeleceu que os direitos de autor são propriedade pública.
Foi um dos escritores mais conhecidos do seu tempo: cerca de quatro mil pessoas assistiram ao funeral de Lev Tolstoi “Um número impressionante se se tiver em conta que as cerimónias decorreram na aldeia onde vivia, perto de Tula, e que as autoridades, devido às suas posições contra a igreja ortodoxa e contra o próprio império russo, proibiram leitores e admiradores de viajarem de Moscovo ou de São Petersburgo”.
Em Portugal, deve-se a Jaime Magalhães de Lima o primeiro grande retrato e documento sobre a prosa e o pensamento deste grande escritor russo, o qual visita na sua casa, em Yasnaya Poliana, em 1888.
Foi também o grande criador de figuras femininas trágicas, como Anna Karenina e Natacha Rostov, imortalizadas no cinema e sempre recordadas. Ainda recentemente, numa série da BBC.
Em Lisboa, haverá hoje, a par da cimeira da NATO e respectiva manifestação contra, acontecimentos culturais no CCB em celebração do centenário da morte de Tolstoi.
Quem quiser que veja ligações entre estes três acontecimentos.
escrito por Gabriela Correia, Faro



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E assim, ingloria e desprazenteirosamente se perderam os três
Fiódor Dostoiévski
Com advérbio tão complexo, forçoso era que se perdessem.
Gabriela
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