Para não esquecer...

AS FUGAS DO WIKILEAKS

A coisa deu para uma série de opinion makers
(nome estrangeiro que não sei o que quer dizer, mas repito o que oiço, um pouco como faço com o latim)
botarem opiniões indignadas contra as informações publicadas pelo Wikileaks.

Ele foi o Pacheco Pereira, ele foi o Sousa Tavares. Só não vi o Vasco porque ainda deve estar a pensar o que deve dizer de chocante para ser diferente. Em todos eles a defesa do segredo de Estado, a confidencialidade das comunicações dos governos, depois de terem, como é o caso, ficado à disposição e à mercê de muitos. Ouvi ontem o Francisco Teixeira da Mota afirmar que tais informações estavam à mercê, antes da sua divulgação, de 3 milhões de pessoas!!! E que as informações não eram nenhumas top secret. Mas os defensores das virtudes da nossa democracia lá vieram berrar aqui d'el Rei que estamos a estragar os fundamentos do nossa civilização. O Sousa Tavares, que já manifestou o seu ódio às novas tecnologias, compreende-se: o homem que alinha duas ideias, e vende-as há um rol de anos, tem medo dos outros. Mas o Pacheco? Meu Deus!

De resto, ao Pacheco Pereira, tão cioso da legitimidade democrática por via do voto, sempre gostaria de lhe perguntar quem votou nele para escrever no Público. Onde está a sua legitimidade?

escrito por Carlos M. E. Lopes

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