A actual crise económica, social, financeira
(o que se queira)
tem trazido para as primeiras páginas dos jornais as empresas que fecham, o desespero de quem não tem trabalho e a quem é negado ganhar o seu pão do dia a dia.
Mas estas notícias encobrem outras, não tão cruéis, mas igualmente dramáticas: a sobre-exploração a que estão sujeitos muitos daqueles que têm trabalho. Se se tivesse oportunidade, poder-se-ia consultar alguns que têm de trabalhar dez, doze horas por dia, sem se poderem queixar, pois a resposta é
"está mal? saia...".Pergunte-se ao pessoal das grandes superfícies, por exemplo. Os horários a que estão sujeitos, os vexames que têm de suportar, as canalhices que lhes armam... Continua-se a violar impunemente as regras que se dizem cumprir, os acordos que se firmam, as leis que a todos deveriam sujeitar. Há um clima larvar de revolta, sob uma camada de resignação. Temos um país de rastos.
escrito por Carlos M. E. Lopes
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Subscrevo inteiramente as suas palavras, caro Carlos Lopes!
Gabriela
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