Para não esquecer...

POR UMA NOVA DEMOCRACIA. 1

A redução do número de deputados continua na ordem do dia. O estado da discussão é este:
  1. há quem defenda a redução por razões várias, incluindo as económicas. (Eu concordo com esta posição);

  2. há quem recuse a redução, sobretudo porque isso implicaria a anulação/minorização dos pequenos partidos. (Eu concordo com esta posição).
Poderá parecer que me contradigo, mas não. O modo de conseguir as vantagens da redução mantendo as vantagens da não redução é simples:
  1. reduz-se a 1 o número de deputados de cada partido que consiga nas eleições comprar votos suficientes para ter representação parlamentar;

  2. cada deputado representa tantos votos quantos os deputados que o partido teria, sem redução.
Exemplificando: o PSD conseguiu comprar, numas eleições, 128 deputados? quando o seu deputado se levantar na Assembleia da República para votar a favor ou contra é como se se levantassem (actualmente) 128 deputados.

Deste modo, consegue-se exactamente o mesmo que se consegue hoje, mas com muuuuuito menos dinheiro: reduz-se drasticamente o número de deputados, reduz-se drasticamente o número de gabinetes e secretárias
(físicas e humanas)...
e pode até fechar-se a Assembleia da República: os debates serão feitos através de vídeo-conferência, utilizando aquelas câmaras de vídeo chinesas que funcionam perfeitamente e custam uma bagatela
[o edifício da Assembleia poderia até começar a render dinheiro: bastaria alugá-lo para cabaret, ou casa de meninas ou coisa parecida].
nb: é possível fazer facilmente muitas outras alterações sem alterar o funcionamento da partidocracia em que vivemos: por exemplo, substituir as eleições por um sistema mais ligeiro e menos pesado economicamente, mas onde o povo elegesse os seus representantes com a mesma representatividade actual. Falarei disso em próximo capítulo deste meu tratado político.

escrito por ai.valhamedeus

1 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

isto são falsas questões. o parlamento podia encurtar e manter a proporcionalidade, para isso existe a matemática que ´garantirá esses cálculos. o problema não é esse, mas sim os partidos terem menos clinetes em S. Bento. como explicar aos meninos e meninas que vão de coladores de cartazes até S. Bento que os tachos diminuiram? é complicado. daqui a nada os partidos não têm meninos nem meninas para colar cartazes pois deixa de ser rentável e estes senhores e senhoras deputados que entram mudos na legislatura e saem calados, com vencimentos chorudos - e outras benesses - pagos pelo contribuinte acham que esse trabalho já não se lhe adequa. O mesmo se passa nos Governos civis que empregam os derrotados autárquicos e caciques locais, e nos municípios e freguesias que deveriam ser reduzidos a um terço -todos os políticos o sabem, mas todos querem comer do que o povo ganha, já que eles para além de miséria nada produzem.
assim, o problema da pluralidade não está na diminuição mas nos tachos qque os partidos - todos sem excepção - querem manter com o empobrecimento do povo - leia-se eleitores.
O resto é conversa fiada acerca de uma ideia de democracia que dá jeito ao cada vez maior número de políticos desqualificados e expoliadores do povo.