Para não esquecer...

COeLHONICES * 4. abriu a caça ao coelho

Na expressão feliz de Miguel Portas, Passos Coelho é um farsola

[eu chamava-lhe outra coisa, mas um gajo num blogue não pode usar certas palavras ou expressões].
Há pouco mais de meio ano, o farsola jurava que cortar subsídios era um disparate:


3 meses depois, cortou metade do subsídio de Natal.

O farsola jurou que não cortava no 13º mês, que não haveria despedimentos nem cortes salariais, que não aumentaria o IVA na restauração....


E aí está o Orçamento de Estado
[uma autêntica declaração de guerra]
a provar que chamar farsola a Passos Coelho é o melhor exemplo do que é um eufemismo.

A julgar pela amostra das pessoas com quem falei hoje, os portugueses, esta noite, dormiram mal ou não dormiram, depois de terem lançado para a televisão, às 20 horas e pico de ontem, montanhas de palavrões
[daqueles que, num blogue decente como o Ai Jesus!, se não podem reproduzir].
Como cantam os Homens da Luta, É o Passos! É o Passos!


escrito por ai.valhamedeus

5 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Gastaram-se quantos milhões na campanha para as eleições antecipadas?
Os portugueses que votaram no Passos para tirar de lá o Sócrates não aprendem. Não viram que eram passos perdidos?
Para fazer o que estes estão a fazer bastava a minha costureira que é tão jeitosa no arranjo da roupa quando é preciso apertá-la. E até leva barato!
Gabriela

Anónimo disse...

Pois. Estes ou outros, todos fariam igual, disso não há dúvida. Gastaram à tripa forra, agora chegou a hora de pagar aquilo que espatifaram. quando fazima autoestradas, sctus, hospitais e restantes merdas, quando promoviam os funcionários de ano a ano e empregavam para toda a vida os "coladores de cartazes" que nada sabiam fazer e nada queriam fazer ás dúzias, tudo estava bem... a solução com estes ou outros é sempre a mesma: pagar o que se deve custe o que custar, ou pura e simplesmente insolver, ou seja ficar mais pobres ou passar a paupérrimos.
Os portugueses, todos eles, comeram a carne, agora que roam os ossos.
ou podemos protestar caminhando para o abismo e deixar como herança aos nossos filhos, cidades fantasmas, campos despidos e pessoas a definhar, desejando unca ter nascido...
a realidade é crua, mas é esta e não vale a pena dourar a pílula..

Anónimo disse...

Ó anónimo/a, você anda a treinar para político ou para beato?
Mas parece-me que alguns comeram mais carne do que outros.
Eu até nem gosto de carne por aí além. Prefiro peixe, que outros pesquem, claro. Como o/a anónimo/a, presumo.

Anónimo disse...

bem, era escusada a ligação para "eufemismo". amén!

Anónimo disse...

Todos andam a treinar para tudo.
Os que mais recebem e que agora tanto se queixam por lhes sacarem o rendimento de dois meses nos próximos 2 anos (nos quais eu me incluo) eram aqueles que há pouco clamavam justiça para os mais pobres que por acaso agora nem lhe "sacam" nenhum rendimento de forma directa.
Os que agora clamam eram aqueles que se quixavam das ip4, 5, 6... que deviam ser auto estradas... e por aí fora, do centro de saude à beira de casa para os médicos, enfermeiros e paramédicos serem pagos (e bem pagos) para dormirem 365 noites por ano, das casas de cultura que ninguém frequenta e por aí fora... os políticos rosas e laranjas fizeram-lhes a vontade, agora enviaram-lhes as contas... ou vocês estavam iludidos de que havia almoços grátis...
não são os mais pobres, dos mais pobres que passeiam de pó pó pelas scuts, não são eles que vão aos espectáculos de qualidade duvidosa e patrocinados pelo poder para justificar as casas culturais... e por aí fora.
quando toda a gente ia ao banco contraía empréstimo sobre empréstimo, para ir às maldivas, a varadero (sem pisar na cuba real), quando compravam carrinhos de dois em dois anos e mudavam de casa quando lhes apetecia... os bancos eram uma maravilha. Agora que não lhes perdoam as dívidas são uma catástrofe...
para que conste: Portugal não precisava de pedir emprestado, acabava por falir e depois todos nós conheceríamos a dureza da crise.
Pedir para não pagar é desonesto e leva a um buraco sem fundo,pois da primeira vez alguém cairá, mas numa segunda a coisa já não será assim... mas os portugueses lá saberão o que querem.
apesar de tudo o problema dos cortes brutais não é da crise, pois todos os outros estados, com mais ou menos sacrifícios, se têm adaptado, excepto Grécia e Portugal...
os portugueses não são pobres por serem periféricos, são pobres porque são mal governados. Os países do norte da europa, no iníci do século XX eram tão pobres como nós, e agora como são...