Para não esquecer...

UM DEPUTADO VOTA POR 25

Com espanto, o Público de ontem publicava que, na Assembleia Legislativa da Madeira, um só deputado pode votar em plenário por todos os outros.


O meu espanto é por que é que esta medida não foi tomada no Continente... É que, votando nós em partidos e não em deputados ou candidatos, não percebo que mal venha ao mundo com essa medida. Já não é assim na prática? Haverá um ou outro Campelo o qual, de resto, é de imediato anulado. Quanto ao resto, já se sabe o resultado das votações...

No sistema britânico vota-se no candidato, o qual presta contas na círculo em que foi eleito. Nós cá, não. Ora os partidos no Parlamento comportam-se como se de sociedades por quotas se tratasse. As votações são previsíveis e os deputados são responsáveis somente perante os partidos que os escolheram e, pela Constituição, representam o país e não o círculo pelo qual são eleitos. Se um deputado é eleito por um partido, se o partido decide votar a favor do Orçamento, por exemplo, que pode fazer o deputado senão votar conforme o partido? Se pode votar contra, apareça e... vote.

O Público pergunta se estamos na Guiné Equatorial. Claro que não -- é a resposta à hipocrisia representativa onde vivemos...

escrito por Carlos M. E. Lopes

1 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

E viva a democracia à la carte de Monsieur Albert e mais quem na apoiar!
Zé do Telhado