Para não esquecer...

CELAC PARA COMBATER A CRISE

Terminou, no passado dia 3, em Caracas, Venezuela, a cimeira em que foi fundada a CELAC

(Comunidade de Estados Larinoamericanos e das Caraíbas).
Todos os países da América Latina e das Caraíbas, excepto Estados Unidos e Canadá, representados por trinta e três chefes de estado e de governo, fundaram uma organização que ajudará esta região do mundo a crescer e desenvolver-se tendo como critério as suas necesidades e capacidades.

Todos os representantes, desdo o Chile até ao México, reconheceram que a OEA (Organização dos Estados Americanos) esteve sempre dominada pelos Estados Unidos e de costas voltadas para os outros países.

Um bom exemplo disso está no facto de a OEA nunca ter permitido que Cuba entrasse nesse «Clube» e que agora este país seja membro fundador, representado em Caracas pelo seu Presidente, Raul Castro.

A realização desta cimeira num momento em que a crise económica obrigou as grandes potências a preocuparem-se com a defesa da sua sobrevivência, não é pura coincidência. Por razões que não são difíceis de adivinhar nem de entender, esta região do mundo só foi levemente atingida pela crise que tem os Estados Unidos e a Europa à beira da falência. Enquanto o crescimento económico dos países «desenvolvidos» nos últimos dois anos tem andado à volta dos 0%, na média da América Latina andou pelos 5%. E as previsões mais conservadoras falam de subir ainda mais nos próximos anos.

A fundação da CELAC não pode ser motivo de alegria para os países que sempre viram esta região como o seu «pátio traseiro» onde havia uma horta com os produtos que esses países necesitavam, mesmo que isso significasse mais miséria para os produtores.

Na OEA cozinharam-se e apoiaram-se golpes de estado nos países que decidiram eleger governos pouco obedientes ou desobedientes. Porque a lista completa seria demasiado longa, recordemos só os casos de Allende, no Chile e o de Bishop, em Granada.

Para sublinhar o dito, um representante dos Estados Unidos já declarou que a OEA se manterá como até agora. Só não explicou como é que os dois únicos membros, Estados Unidos e Canadá, pensam representar os outros trinta e três países.

escrito por José Alberto, Porto Rico

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