Mário Soares ainda hesitou quanto ao título a dar ao seu mais recente livro. Calhou um político assume-se, mas coadunava-se mais com a personagem o título desta crónica. Uma coisa deve ser assacada a crédito do autor: foi sempre, coerentemente, oportunista. Isso ninguém lhe pode negar. Quando foi necessário, foi marxista, autogestionário,... eu sei lá.
Incapaz de dissimular uma inveja, zangou-se com Zenha, Eanes, Alegre. Ambicionando uma carreira internacional, que não teve, não esconde o que lhe rói ver Freitas, Guterres, Sampaio e, sobretudo, Barroso terem assumido papéis em organismos internacionais.
Tendo em 83 ou 84 dito que Cavaco não tinha curriculum, eis que este o ultrapassa em anos de poder.
Soares chegou ao ponto de fazer campanha contra Barroso, aquando da sua última candidatura. Uma vergonha.
O livro, segundo consta
(penso lê-lo mais à frente)está cheio de esquecimentos e períodos menos claros. É óbvio que o vou ler com estes pressupostos todos. Todos lemos aquilo que lá está escrito e aquilo que sabemos
(como dizia Abelaira, e eu)de estas coisas, sei de algumas. Desculpem a imodéstia.
escrito por Carlos M. E. Lopes
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