No "dia do Senhor", duas sugestões de leitura pouco (catolicamente) ortodoxas
[uma delas, pelo menos, de um autor bem conhecido entre nós. Um proscrito]:
- Frei Betto: Socialismo e liberdade:
O socialismo é estruturalmente mais justo que o capitalismo. Porém, em suas experiências reais não soube equacionar a questão da liberdade individual e corporativa. Cercado por nações e pressões capitalistas, o socialismo soviético cometeu o erro de abandonar o projeto originário de democracia proletária, baseado nos sovietes, para perpetuar a maldita herança da estrutura imperial czarista da Rússia, agora eufemisticamente denominada “centralismo democrático”.
[resto do texto, aqui]
- Leonardo Boff: Para onde irão os indignados e os “occupiers”?
Curiosamente, os indignados, os “occupiers” e os da Primavera Árabe não se remeteram ao clássico discurso das esquerdas, nem sequer aos sonhos das várias edições do Forum Social Mundial. Encontramo-nos num outro tempo e surgiu uma nova sensibilidade. Postula-se outro modo de ser cidadão, incluindo poderosamente as mulheres antes feitas invisíveis, cidadãos com direitos, com participação, com relações horizontais e transversais facilitadas pelas redes sociais, pelo celular, pelo twitter e pelos facebooks. Temos a ver com uma verdadeira revolução.
[...] De todas as formas o mundo nunca será como antes, muito menos como os capitalistas gostariam que ficasse.
[resto do texto, aqui]
1 comentário(s). Ler/reagir:
é óbvio que nada ficará como antes, como é óbvio que quando a economia melhorar o lastro de solidariedade e as juras do socialismo depressa se apagarão. as sociedades liberais e egoistas não foram uma imposição dos governos, mas sim uma escolha dos individuos que na sua génese são competitivos, agressivos e tudo fazem para se distinguir uns dos outros, seja pela força, pela inteligência, pelo poder, pelo dinheiro...
s m
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