Onde estamos agora[PINA, Manuel António, Todas as Palavras (poesia reunida), Assírio & Alvim, s.l., 2012, pág. 321]
que não nos vemos,
tu sentada diante da TV
e eu escrevendo isto, não sei o quê,
como outros dois que nós não conhecemos?
Será que alguma coisa permaneceu
do nosso amor como uma inevitabilidade,
uma saudade pousada agora na mão de Deus
existindo para sempre na sua breve eternidade?
Talvez percorramos uma rota circular
através da curvatura do espaço e do tempo
onde haveremos de nos encontrar;
será que então de alguma forma nos reconheceremos?
escrito por Carlos M. E. Lopes
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