Para não esquecer...

BREVES -33. a enorme trapalhada

(editado em 14/9/2015)
recupero para aqui este texto do Ai Jesus! quando estavam longínquos os tempos das eleições. Algumas das muitas maldades que fizeram e disseram Passos e os seus ministros. Em SETEMBRO e OUTUBRO de 2012 (o texto é de 9/10/2012. É bom(???) recordar, antes de votar...



(texto original: 9/10/2012)

É impressionante, para dizer o mínimo, a trapalhada em que se transformou esta equipa governamental. "Baralhada completa", chamou-lhe, há pouco na Sic Notícias, um social-democrata: António Capucho.

Chamando à memória alguns factos...
  • Em inícios de Setembro, Passos Coelho (marimbando-se para o Tribunal Constitucional) anuncia mais medidas de austeridade: aumento da TSU (de 11% para 18%), continuação do corte de subsídios de férias e de Natal,...
  • Entretanto, o governo recua na TSU. Mas anuncia que o recuo será pago... com outras medidas de austeridade.
  • Em inícios de Outubro, é a vez de o ministro das Finanças prometer mais porrada: aumento do IRS, redução dos escalões,... "um enorme aumento de impostos", como o próprio confessa.
  • Hoje, 9 de Outubro, o ministro licenciado Relvas foi ao Parlamento... anunciar nova porrada. Designadamente, uma redução substancial de funcionários públicos. Quantos? o ministro parece não saber, mas adiantou que serão menos do que tem sido referido: menos de 50.000. Menos de 50.000!
  • Uma das pancadas das porradas é o aumento (brutal, em muitos casos: pode chegar aos 4780%) do IMI. Mas hoje começou a correr a notícia de que o governo poderá recuar -- mas acrescenta-se que quem pagará a fatura, serão... os tais.
  • O FMI reconheceu que calculou mal o impacto da austeridade na economia: afinal, por cada euro de austeridade, a economia não cai 0,5 euros, mas sim entre 0,9 e 1,7 euros. Um erro significativo com consequências em países como a Grécia e Portugal. Por isso, alerta países como Portugal que um "amplo aumento de impostos", aliado a um intenso ajuste orçamental, vai pesar no crescimento económico a longo prazo. Mas o comissário dos Assuntos Económicos e Monetários elogia “O programa português [que] mantém-se no caminho certo, apesar do ambiente externo menos favorável".
  • Os funcionários públicos têm sido o bode expiatório da "crise". Mas Portugal está nos lugares cimeiros (só ultrapassado pela Roménia) dos cortes na Função Pública.
  • O governo (o estado) não é uma pessoa de bem: ficou concertado que a idade da reforma dos funcionários públicos se ajustaria à dos privados até 2015. Bem ou mal, ficou concertado. Mas o governo anunciou a antecipação para janeiro de 2013 (daqui a menos de 3 meses). Quem pode programar a sua vida, assim?
  • O governo (o estado) não é uma pessoa de bem: por proposta do PSD e do CDS-PP, uma cláusula proíbe que o aumento do IMI ultrapasse os 75 euros, Ficou concertado que a cláusula vigoraria em 2013 e 2014. Mas o governo antecipou-lhe o fim para janeiro próximo.
  • Em síntese: um governo sem rumo? Respondendo à pergunta, Passos Coelho jurou, um dia destes, que não, que sabe para onde vai: "Nós sabemos para onde vamos. Nós queremos cumprir o nosso memorando de entendimento". É este o rumo do governo?!
escrito por ai.valhamedeus

4 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

O governo e o estado não são pessoas de bem porque os portugueses que constituem o Estado que alguns governam também não o são...
A dita democracia portuguesa tem vivido com os piores tiques do salazarismo, que tanto diz contestar... protecção aos grupos e grupelhos que se arranjam entre si e formam pequenos estados dentro do estado - universidades, municípios, fundações, corporações profissionais e por aí fora...
não é só o estado que rouba os portugueses, eles mesmos roubam-se uns aos outros: têm casas alugadas por preços ridículos que sub-alugam por balúrdios, o agora tão falado IMI é pago discricionariamente, uns pagam fortunas e outros ao lado com os mesmos imóveis pagam tostões. os automóveis a partir de um determinado ano pagam imposto de circulaçao elevadíssimo mais taxas absurdas de CO2, quando os automóveis mais antigos, curiosamente os que mais poluem, nada pagam...
fracos governantes fazem fracos os povos, mas em Portugal parece-me ser ao contrário, pois tenho a ideia que todos apostaram a viver com o esforço dos outros com leis que organizam a sociedade do tempo da monarquia.
com um povo que não respeita os seus iguais, não valos lá... os governos têm alguma culpa, é certo, mas a maior culpa é de cada um de nós que a figir ser diferente do outro é um grande "sacana".

Anónimo disse...

Foi, foi e não fui à AR. Eu sei, fugiu-lhe o teclado para o que todos nós desejaríamos fazer: ir à AR, no mínimo com um trapo molhado e esfregá-lo no sítio onde sabemos.
Zé do Telhado

Ai meu Deus disse...

Obrigado, Zé do Telhado. Correção feita.

Unknown disse...

E estes são apenas alguns dos penosos exemplos do desgoverno que nos empobrece diariamente!
Aguns não querem ver! Pois como haveriam? Como manter os vergonhosos "negócios" que direta ou indiretamente os alimenta ... máquinas partidárias que sustentam as cegueiras (as que resultam não de não ser capaz de ver, mas da "vã glória" - dos mais altos jobs ao provincianismo do "espelho meu"!
Quanto ao estado não ser pessoa de bem ... como estranhar???? Qual a pessoa de bem que diz/desdiz ... como credibilizar todo o circo político (vulgo palhaçada ) que nos entra diariamente casa adentro???? - haverá alguém (com algum senso) que encontre verdade nas palavras que ouve??? Seremos um povo de memória assim tão curta????
Faltar-nos-á capacidade crítica????!!!!!
Farta de tanta "verborreia"!!!!!
Um desnorte total!!!! O jogo da cabra cega ... chega de um país de meninos bonitos!!!! ... um país governado pelo medo e pela falta de integridade é, como é óbvio, um país descreditado ...
Chega de sermos encarados como pacóvios!!!!