D. Dinis prestou especial atenção à educação do reino, criando um local para semear almas: fundou a primeira universidade do país. Para que estas almas dessem bons frutos, isentou de impostos os alimentos destinados a professores e estudantes. (Agora há professores a recorrerem ao Banco Alimentar, conforme notícia na RTP) A importância destes está bem patente numa lei que autorizava a sua permanência nas ruas para além do recolher obrigatório, ou seja, podiam circular depois do sino da Sé tocar no fim do dia. Tinham, no entanto, de trazer consigo uma lanterna, para que pudessem ser bem identificados.[In “A Vida Louca dos Reis e Rainhas de Portugal”]
…Nos primeiros tempos de Salazar, os professores, na sua maioria republicanos, foram substituídos por regentes escolares, que ensinavam a ler, escrever e contar e, na verdade, pensava-se que, quanto muito, era isso que os portugueses deviam saber. O que se passa agora? O consumidor precisa de ler Camões e Os Lusíadas, a mitologia? Não. Basta que conheça o vocabulário elementar que lhe permita compreender um anúncio. A pobreza, a miséria vocabular, em que estão encurralados e enclausurados os portugueses é da mesma natureza do ler, escrever e contar que Salazar entendia que bastava para o povo. …[Mário de Carvalho, escritor e advogado]
escrito por Gabriela Correia, Faro
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E para que necessitam mais?
O sistema está preparado para dar diplomas, não paar ensinar.
Por isso não entendo a chinfrineira da malta pelos diplomas do dr. Relvas, do Eng. Sócrates, do dr. Paulinho dos mercados. Há milhares de doutores e engenheiros como eles, ou seja, uma pipa de gente que só tem o diploma, porque a única condição para ser doutor é a matrícula na universidade. E se não pode entrar na universidade, será doutor pelas novas oportunidades. De qualquer modo, há diplomas para todos. Recordem que Portugal é o país com mais doutores por kilómetro quadrado. Já ultrapassou o Brasil em que também se pode ser doutor pela superfície da herdade do candidato.
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