Caminhas quase sem te moveres[Mendonça, José Tolentino, O Viajante Sem Sono, Assírio & Alvim, Lisboa, 2009, pág. 35-36]
os campos estendem um corpo
colado ao teu
em íntima escuridão
Quando avanças ponte fora
um dos teus ombros brilha como marfim
Nós não os ouvimos
mas os desertos, os oceanos, os cimos remotos
ensinam-te finalmente o que não entendes
Descobres uma casa
noutras direcções
a igual distância
da vida que deixamos para trás
escrito por Carlos M. E. Lopes
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