Para não esquecer...

E O PALHAÇO SOU EU?

Li ou ouvi que estava Miguel Sousa Tavares sentado a uma mesa na esplanada em Campo de Ourique (julgo que na Tentadora) e se aproximou uma velhota a queixar-se de ter trabalhado toda a vida e agora recebia uma pensão de miséria.

O Miguel saca de um lápis Viarco e fez ali mesmo as contas e a Senhora teve de ouvir aquilo que não queria. A senhora vivia dos impostos que ele, Miguel e outros miguéis, estavam a pagar, porquanto a senhora já tinha recebido mais do que descontara. A senhora saiu de ao pé do Miguel a chorar e deprimida e foi encontrada, dias mais tarde, morta, no jardim da Parada, com uma folha de papel nas mãos, onde tinha o nome de todos os primeiros ministros de há quarenta anos para cá e uma palavra em letras grandes no fim: CANALHAS.

Li, mais tarde, que não havia estudos rigorosos sobre os descontos/benefícios dos contribuintes para a Segurança Social. Entretanto a Raquel Varela publicou um livro a dizer que a Segurança Social é sustentável.

Em Belém, Cavaco lê este post enquanto come um pastel de nata de boca cheia e fala com a Maria. Viste? E o palhaço sou eu...

escrito por Carlos M. E. Lopes

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