Para não esquecer...

ATLAS DO CORPO E DA IMAGINAÇÃO

Fui ler a longa entrevista de Gonçalo M. Tavares ao último JL, a pretexto do seu novo longo livro Atlas do corpo e da imaginação

(mais de 500 páginas de, diz o próprio, um ensaio ficcional onde, diz Miguel Real, se propõe uma teoria fragmentária e pós-moderna do corpo).

Não tive paciência intelectual para aguentar a longuidão -- e desisti. O que prova que estou a ficar cada vez mais... inculto -- não tarda, chegarei à mais ignominiosa ignorância. Nunca pensei chegar a este ponto!...

escrito por ai.valhamedeus

8 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Pois eu li a entrevista toda e o texto (todo) do Miguel Real , nosso colega e , em especial seu, já que também é prof de Filosofia, entre outras lides.
E sou mais velha do que você e não sou prof de Filosofia! O que prova que: "a Lógica é uma batata, e bem dura de roer, o Sílvio (o prof) não a descasca, e nós temos de a comer". Assim rezava o desabafo de um estudante da Faculdade de Letras, na Universidade de Coimbra. Desabafo escrito num tampo de uma das mesas. A nossa Internet da época. E nunca avariava, o que não acontece com a minha, volta, meia volta!
Gabriela

Ai meu Deus disse...

Meu colega?! Só conheço esse cavalheiro de um livrito sobre o mal, que li e de que apreciei a introdução. Também lhe ouvi uns comentários na antena 2, mas... de nada disto se pode concluir que seja meu colega. Não o reconheço...

Anónimo disse...

os nossos colegas são todos aqueles que fazem o mesmo que nós e não aqueles que pensam como nós. contestar o coleguismo dos nossos colegas é também por em causa aquilo que nós fazemos.
não é por conhecer ou reconhecer os seus colegas que eles deixam de o ser. é uma questão de profissionalismo, educação e carácter, quer sejam de direita, de esquerda, do centro, dos extremos, ou de parte alguma.

Ai meu Deus disse...

Caro/a anónimo/a,

pelos vistos, o meu comentário anterior necessita de algum esclarecimento -- admito facilmente que por culpa minha. Penso que estes dois pontos serão suficientes:

1. repito que não conheço Miguel Real senão como comentador (através de um programa de opinião num formato muito comum nas rádios e tvs, nas manhãs de fim de semana -- sábado? domingo?) e como pensador sobre temas de filosofia ou nas margens da filosofia. Em qualquer dos casos, um conhecimento suficientemente insuficientíssimo para ter opinião sobre ele. Como disse, dele li apenas o livro que referi (e, embora me não tenha identificado com esse "modo de fazer filosofia", concluir o que quer que fosse de tão pouca coisa seria tolice da minha parte);

2. quanto ao mais, não sei se Miguel Real é "de direita, de esquerda, do centro, dos extremos, ou de parte alguma". Nem isso me interessa, porque não faço apreciações a partir de critérios desse tipo (tomara eu que esta cambada que nos governa, sendo de direita, defendesse posições e tomasse medidas a que eu pudesse bater palmas -- e seria eu o primeiro a batê-las). Mais: por deformação profissional, habituei-me a prezar as posições contrárias às minhas mais do que as que destas se aproximam: a razão é que são intelectualmente mais estimulantes.

Ou seja, o que escrevi não supõe uma apreciação (positiva ou negativa) de Miguel Real enquanto professor (que eu desconhecia que fosse), mas apenas uma constatação.

Anónimo disse...

É verdade o que diz.
você é dos muito poucos e honrosos exemplos do que é a abertura ao diálogo, a troca de argumentos, a aceitação da divergência.
é ainda mais raro - se não praticamente inexistente - em pessoas de ideologia "esquerdista" que é a sua, quase todas fanáticas e com´"ódio" aos outros, nomeadamente os "direitistas". você é um português e um cidadão culto, livre, tolerante e de bom gosto. será no contexto português encerrado na mediocridade politiqueira alguém com quem é sempre um gosto divergir e com quem, na divergência, se aprende sempre muito.

Anónimo disse...

Ó ai meu deus!
Pela simpatia que por si tenho e pelo amor à verdade, rogo-lhe que vá ao seu baú e veja o que lá publicou sobre o escritor Miguel Real e a publicação do seu (dele)livro : "A Ministra", quando Maria de Lurdes Rodrigues era ministra da educação...(Pois, com letra pequena)
Quando eu comentei, com bonomia, que ele era mais seu colega do que meu, referia-me ao facto de ele ser da sua área. Mais nada.
Por isso, fiquei deveras surpreendida com a sua reacção.
Gabriela
P.S. Asseguro que não é meu o anterior comentário.

Ai meu Deus disse...

Caro anónimo/a,

obrigado pelo elogio. Obrigado sincero -- tão sincero quanto a declaração frontal de que (digo eu...) a sua imagem dos "esquerdistas" não corresponde à realidade. Não tenho a certeza de que haja mais "fanáticos" e "odientos" nas hostes da esquerda (seja lá isso o que for) do que nas da direita; tenho, no entanto, a certeza (que deriva de experiência própria) de que os há nas duas trincheiras.

Cara Gabriela,
a bem da verdade, rogo-lhe que verifique que o texto a que se refere não é da minha autoria.

Anónimo disse...

Pois não, não é. Nem preciso de ir verificar; acredito em si. Mil desculpas.
É o PDI! E eu que pensei que o dito era o responsável por você dar o dito por não dito.(lol)
Sorry!
Gabriela