Para não esquecer...

MEDEIROS FERREIRA, NÃO MAPA COR-DE-ROSA


O Medeiros Ferreira nunca me tinha despertado interesse, devo dizê-lo. Tenho uma aversão a tudo o que cheire a PS e o Medeiros Fereira sempre esteve ligado ao PS. Desculpem. Mas às vezes tenho vontade de conhecer certas pessoas (Ana Benavente, Eurico Figueiredo, António Barreto e outros), o grupo de Geneve… de que não faz parte o cretino do Barroso…

Mas, há pouco, o Medeiros Ferreira tinha publicado um livro -- Não há mapa Cor-de-rosa. A História (mal) dita da Integração Europeia [Edições 70, Lisboa, 2013, 163 págs]. Li-o em meados de Fevereiro.

O livro, na minha modesta opinião, é denso, profundo e bem escrito (tudo ao contrário a que ligo um PS…manias). E é muito interessante.

O paralelismo com os dias de hoje é inevitável. “Em Agosto de 1943, o diplomata Cécil von  Renthe-Fink elabora uma nota para o ministro Ribbentrop na qual desenvolve sistematicamente o tópico da Confederação Europeia”… "Os projectos para a Nova Europa eram de ordem racial, política e económica. Ela deveria ser organizada em função de uma hierarquia de raças. Um lugar central seria dado aos povos nórdicos da Escadinávia e dos Países Baixos. Os eslavos seriam tratados como seres inferiores e apenas serviriam de mão-de-obra. O devido lugar de latinos e povos balcânicos oscilou conforme as alianças mas sempre num plano inferior aos dos povos nórdicos.

A divisão racial na Europa coincidiria com a estrutura económica. A Alemanha pretendia formar um mercado constituído por um bloco comercial e financeiro no qual o marco seria a moeda de reserva, e Viena e Berlim as duas capitais financeiras" (págs. 80 e 82).

Qualquer semelhança como que se passa hoje é pura coincidência, é certo, e a Merkel não usa bigodinho. Mas que há coisas do arco-da-velha, lá isso há.

escrito por Carlos M. E. Lopes

1 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

De facto o preconceito não é bom conselheiro. não há bons nem maus. No muito restrito grupo dos que pensam, à esquerda e à direita, há os inteligentes independentes - onde se encontrava o Medeiros Ferreira - e os inteligentes seguidistas de ideologias e pensamento único, como os que fazem longas carreiras em todos os sectores da sociedade, mediados por um seguidismo quase canino às ortodoxias partidárias.
eu prefiro inteligentes independentes a seguidistas partidários, sejam quem forem, venham de onde vierem...