I[Cabral, a.m. pires, gaveta do fundo, Tinta da China, Lisboa, 2013, pág. 27]
Mal toquei na flor da esteva,
logo se desfez,
frágil como névoas de Verão.
A corola branca
desconjuntou-se em pétalas dispersas
como flocos de neve fora de tempo
pousando com cautela sobre a terra.
Passou assim a haver
no campo um astro a menos.
Mas passou a haver também
Um odor a esteva nos meus dedos.
Ficou ela por ela.
escrito por Carlos M. E. Lopes
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