Para não esquecer...

LIVROS PROIBIDOS PELO ESTADO NOVO

Com o jornal Público está a vender-se, às quintas-feiras, uma coleção de 13 livros proibidos pelo Estado Novo, nas suas edições originais, acompanhados pelos relatórios oficiais de censura.

A semana passada, foi a vez de POVO 
[contos de Afonso Ribeiro, um dos expoentes da prosa de ficção neo-realista portuguesa, natural de Moimenta da Beira. O seu livro de novelas Ilusão na Morte, de 1938, é considerado precursor na área. Professor primário em zonas rurais, o contacto com as desigualdades sociais e com as carências das classes desfavorecidas inspira uma prosa atenta à verosimilhança da fala das personagens, aos seus problemas e escravidões. As suas obras denunciam a miséria moral de proprietários e trabalhadores, proclamando a necessidade de olhar para o mundo rural com diferentes olhos. Colaborou nos jornais O Diabo e Sol Nascente e com a Revista Vértice, tendo deixado um importante legado literário que abarca diferentes géneros].
Esta série de contos foca na sua generalidade a miséria em que vivem as classes trabalhadoras populares, oprimidas pelas classes patronais dos abastados. Foi proibido pelas razões que se reproduzem na imagem seguinte e se podem sintetizar na expressão "Pura propaganda comunista", da autoria do censor, o capitão Carlos Maria do Carmo.


[clicar na imagem para ler melhor]

Os livros da coleção (com detalhes) encontram-se listados aqui.

escrito por ai.valhamedeus

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