Para não esquecer...

NÃO CONFIO EM CACHORROS


Esta é uma imagem que circula pelo Facebook com alguma intensidade vírica.

“Não confio em pessoas que não gostam de cachorro, mas confio totalmente num cachorro quando ele não gosta de uma pessoa”. Não sei se esta frase é de Einstein ou não. Nem me interessa
(embora me incline para pensar que não é): 
se for, é (mais) uma prova de que um grande génio pode dizer uma grande asneira.

Já torço o nariz à primeira parte da citação, mas admito-a: primeiro, porque qualquer pessoa tem o direito de (não) confiar em quem entender; segundo, porque se por “não gostar de cachorro” se entender “fazer mal aos animais”, a frase começa a “fazer sentido”.

Agora… a segunda parte é que é asneira completa, se atendermos ao que ela supõe; isto é, não que afirma o referido direito de alguém (não) confiar em quem entender, mas que o facto de um cachorro “não gostar” de uma pessoa significa que essa pessoa não é de confiança. Pelo seguinte:

  • Os factos desmentem esta “teoria”; se ela fosse verdadeira, todos os animais, humanos ou não humanos (cachorros incluídos), que passam na minha rua seriam de pouca confiança: há um cachorro que ladra violentamente a tudo o que seja animal movente e lhe passe na redondeza… E, se pensarmos naqueles cachorros que se atiram aos donos, o que é que deveríamos concluir daí?
  • Se a frase fosse verdadeira, eu próprio seria… um monstro: na verdade, eu não gosto de cachorros, nem de qualquer animal em geral. Não gosto, no sentido de que não ando aos beijos ou às carícias aos ditos, nem nada que com isso se pareça – embora seja incapaz de fazer mal a qualquer animal, a não ser àqueles que, sem minha permissão, me entram em casa (designadamente moscas e quejandos). Dito de outro modo, respeito eu mais os animais em geral do que alguns animais (sobretudo cães) me respeitam a mim.

E anda Einstein (ou, mais provavelmente, alguém por ele) a dizer que… que não sei quê?! Valha-o Deus, se pode…

escrito por ai.valhamedeus

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