Tenho por hábito abraçar causas perdidas. Cada qual nasce para o que nasce…
Tenho estado com alguma atenção ao que se passa no mundo livreiro. Um dia, por azar, tive a ousadia de dizer na Buchholz
(também vou a lugares últimas a finos),na apresentação de um livro, que o livro, como o conhecíamos, tinha os dias contados. Fui insultado pela minha amiga Cristina, gerente da loja.
Entretanto fecharam não sei quantas livrarias. Uma das últimas o Pátio de Letras em Faro, que recebeu inúmeros escritores e intelectuais e que não souberam ou ignoraram o “evento”. A Liliana merecia mais consideração. O Pátio de Letras era o verdadeiro Centro Cultural do Algarve
(cheguei a dizê-lo lá).Entretanto havia fechado a Bertrand na Guia. E tantas outras. O fecho é inevitável e vai varrer ainda mais o país. Estou crente que que em breve a FNAC fará o mesmo…
Leio no El Pais
(dou-me a esse luxo, de vez em quando…)que uns “espertos” ibero-americanos se reuniram em Madrid para discutir “los libros y los lectores” (1 de octobre de 2014). E aí vem a lenga lenga do costume: “a indústria editorial e os governos fracassaram na hora de forjar novos leitores e novos planos de fomento da leitura”
(a tradução é minha e não dos “espertos” do aijesus).A “coisa” expande-se por todo o mundo: a leitura tem descido. O aumento da leitura dos livros digitais não colmata a queda geral. Que fazer? Há que fazer?
escrito por Carlos M. E. Lopes
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