A decisão do governo grego de
referendar as propostas dos troikos tem uma virtu(alida)de inegável: nesta atitude, pelo menos,
o governo grego é democrático. Na verdade, o governo de Tsipras não tinha sido eleito com base na aceitação da proposta a referendar. Bem pelo contrário. E
o que um governo democrático faz nestas circunstâncias só pode ser isso mesmo: consultar o povo.
Já era tempo de os governos ditos democráticos (como o de Portugal) ou os presidentes (como a conhecida Nódoa que anda pelo conhecido palácio lisboeta) perceberem isto. A esmagadora maioria das decisões que o governo do aldrabão do Passos tomou não está sancionada pelo voto popular. Ao contrário: o que o voto popular fundamenta são as promessas, em sentido contrário, que o aldrabão andou a propagandear durante a campanha eleitoral.
Ou se assumem as consequências da democracia -- ou que sejam claros: instaurem expressamente a ditadura (dos
troikos) em que estamos metidos.
escrito por
ai.valhamedeus
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