à noite quando a lua repousa no ombro[Miguel-manso, persianas, Tinta da China, Lisboa, 2015, pág.17]
mais chegado à melancolia
a chávena mal se distingue no parapeito
e a peste dos meus versos alastra lá ao fundo
numa abandonada escrivaninha
sou o escravo que repousa do idioma
entregando-se ao inaparente ruído dos insectos
e de mãos tombadas sobre o vazio
vela o descomedido trauma terreal
escrito por Carlos M. E. Lopes
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