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COMO UM FLOR VERMELHA
À sua passagem a noite é vermelha,
E a vida que temos parece
Exausta, inútil, alheia.
Ninguém sabe onde vai nem donde vem,
Mas o eco dos seus passos
Enche o ar de caminhos e de espaços
E acorda as ruas mortas.
Então o mistério das coisas estremece[Sophia de Mello Breyner Andresen]
E o desconhecido cresce
Como uma flor vermelha.
foto, de ai.valhamedeus; escolha do poema, de Ana Paula Menezes.
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