Apesar das críticas às mais recentes alterações ortográficas, penso que estas não foram tão longe quanto podiam e deviam ter ido. (Até porque, prevendo-se que são inevitáveis as reações por inércia, reações por reações, melhor teria sido que se poupassem reações a alterações futuras).
Designadamente, penso que se poderia e deveria ter ido mais longe na normalização da transcrição fonética, através de normas que fossem tão gerais quanto possível, ainda que isso implicasse a eliminação de vogais/consoantes desnecessárias.
Por exemplo, não faz sentido distinguir ortograficamente palavras que se pronunciam do mesmo modo, como é o caso de “cozer” e “coser” ou “assento” e “acento” ou “conselho” e “concelho”... ou todas as palavras homófonas.
Poder-se-á objetar que são coisas diferentes; mas, ao pronunciá-las, as diferenças reconhecem-se pelo contexto – o que também se pode fazer nas frases escritas. Aliás, há já imensas palavras em que isso acontece, como com a palavra “banco” (o banco de sentar ou o banco que um dia destes teremos que resgatar) e “amo” (verbo e substantivo) e “são” (saudável e verbo ser)… e todas as palavras homónimas.
escrito por ai.valhamedeus
0 comentário(s). Ler/reagir:
Enviar um comentário