O Zé Ladislau foi meu colega de escola. Das minhas memórias, que não são fiéis, lembro-me de coisas com interesse.
O Zé era canhoto e a professora insistia em que ele escrevesse com a direita. Coisa que, ao tempo, era frequente e correspondia aos métodos pedagógicos vigentes. Tenho ideia que chegava a levar reguadas, por isso. Teimoso, até hoje, o Zé continua canhoto.
Escrever com a esquerda não era o único “defeito” do meu amigo Zé. O Domingos descobriu-lhe outro “defeito”. O Zé, na parede nascente da Junta de Freguesia jogava ao “berlindo”. O Domingos viu o Zé olhar por baixo, como até hoje. Daí saltou “joga, pareces um porco (ó) travado”. Ficou para sempre. Passados mais de cinquenta anos, o Zé Porco (ó), o Paulo Porco, os filhos e os netos são Porcos (ó).
O Zé é meu amigo, ainda hoje, e continua a ser uma alma pura. Nada a fazer. E canhoto, apesar da “pedagogia” da Profª Isabel, a garrafinha.
escrito por Carlos M. E. Lopes
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