VIII
Foi para ti que criei as rosas
Foi para ti que lhes dei perfume
Para ti rasguei ribeiros
E dei às romãs a cor do lume
Foi para ti que pus no céu a lua
E o verde mais verde nos pinhais.
Foi para ti que deitei no chão
Um corpo aberto como os animais.
[Andrade, Eugénio. Primeiros poema, as mãos e os frutos, Os amantes sem dinheiro, Assírio & Alvim, Porto, 2012, pág. 50]
escrito por Carlos M. E. Lopes
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