Hoje, no mundo, haverá cerca de sete mil milhões de seres humanos (no falajar americano, oito biliões). Há cinquenta anos, éramos quatro mil milhões, mais coisa menos coisa. Parece, numa primeira vista de olhos, que não haverá falta de pessoal no mundo. Basta ver as cidades mais populosas, para nos assustarmos. Por exemplo, Tóquio, diz a net, tem 37 milhões…
Apesar de parecer haver muita gente no mundo, volta e meia os nossos políticos dizem que a população portuguesa e em toda a Europa está a diminuir, o que é uma catástrofe para esses países. Desde logo, para a Segurança Social e depois pela invasão de estrangeiros, o que faz André Ventura gritar que já temos dez por cento de estrangeiros em Portugal (embora a Pordata fale em 7 e tal…). Houellebecq já ficcionou a vitória de um muçulmano nas presidenciais em França, em Submissão (o título ajuda a perceber o livro).

[imagem copiada daqui]
A invasão de estrangeiros traz alguns problemas. Não é o problema de virem tirar o emprego aos portugueses (basta ver a escassez de mão de obra na agricultura, no turismo, etc. e a ajuda que dão na Segurança Social) mas, sobretudo os choques culturais que isso acarretará. Como lidar com a falta de vinho e da cerveja, a burka, a mutilação genital feminina, o tratamento dado às mulheres? Vamos permitir tais práticas ou, quando forem a maioria, submetemo-nos, como diz Houellebecq?
Eu penso que a “invasão” de migrantes é inevitável. A fome, a sede, as guerras, etc. tornam inevitável que se queira fugir desses flagelos. Já se aventou a hipótese de se investir em países com dificuldades para evitar a emigração. A Europa não pode ser uma praça forte, um paraíso isolado do mundo. Tal como nos vasos comunicantes, a tendência é que fiquemos todos ao mesmo nível e nós, na Europa, teremos de baixar muito, para equilibrar isto.
Assim, quanto à imigração, apetece dizer como o Sr. Costa: “habituem-se”!
escrito por Carlos M. E. Lopes
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