Para não esquecer...

LIVROS DO ANO 2023

Tenho lido “os melhores livros do ano de 2023”. Acho pretensioso. Em Portugal editam-se cerca de 15 000 livros por ano. Quando se diz os melhores livros do ano, dever-se-ia dizer os melhores livros do ano …que li. Nem mais. Alguém leu os cerca dos 20 mil livros publicado em Portugal? Acrescento cinco mil que não foram dados ou comunicados oficialmente (edições de autor e micro-editoras). Estão a brincar com quem?

Indico os 20 livros, que li!, e de que mais gostei em 2023. Muitos foram editados em anos anteriores.

A ordem e o género são arbitrários. 

Se influenciar dois leitores, é muito bom. O poder, meu Deus, o poder…

Aqui vão!




















escrito por Carlos M. E. Lopes

1 comentário(s). Ler/reagir:

Emília Costa disse...

Carlos Lopes, escolheu bem a Malnascida como um dos melhores livros do ano que passou!
A amizade entre 2 miúdas de 13 anos, como estória de fundo para abordar temas, como a injusta discriminação social de crianças diferentes e frágeis, a exclusão social por preconceitos burgueses, a situação desigual da mulher, tudo se passando na Itália fascista de Mussolini.
A autora, Beatrice Salvoni, jovem de 28 anos, refere em recente entrevista ao jornal Expresso: “Pareceu-me natural que o livro decorresse durante o fascismo, porque tinha mais a ver com o tipo de coisas que eu queria dizer sobre mulheres que não podem ter uma voz, e a quem o mundo à volta delas não quer ouvir". E, acrescenta ainda, a sua posição política, engajada , de antifascista, citando Umberto Eco, no seu livro “O Fascismo Eterno”, onde ele diz que "temos de ter uma atenção permanente, porque o fascismo não acabou no fim da II Guerra, mas está em hibernação na nossa sociedade e pode ressurgir com um novo rosto, novos valores, novos símbolos".

Livro que se lê de um fõlego, sem parar e, sem dúvida, boa literatura e, acima tudo, acutilante e potencialmente transformador !!