Isaltino Morais, segundo a imprensa, foi acusado de, entre outras coisas, corrupção passiva e branqueamento de capitais. O Dr. Isaltino Morais não foi condenado em qualquer processo. O partido dele retirou-lhe a confiança política e não o apoiou na sua candidatura. O Dr. Isaltino Morais é presidente da Câmara de Oeiras, por decisão do povo eleitor. Tudo bem? Não, tudo mal.
A atitude que se salva foi a de Marques Mendes. Não que o homem não mereça defender-se (antes pelo contrário), mas, em política, a mera suspeita deveria levar a uma autosuspensão. Mas Isaltino, teimoso e arrogante, persistiu e o povo apoiou. Tem razão? Não tem.
Isaltino pode vir a ser absolvido em julgamento, mas ter-lhe-ia ficado bem aguardar serenamente o veredicto judicial. Em direito só o trânsito em julgado da decisão condena ou absolve uma pessoa; em política, a mera suspeita deve levar à suspensão da actividade política (veja-se, como exemplo, embora se possa duvidar da sinceridade da decisão, o caso António Vitorino e a SISA do monte alentejano).
De Fátima Felgueiras nem se fala. De Pina Moura (um novo Miguel de Vasconcelos?) dever-se-ia falar. Fica para a próxima.
escrito por Carlos M. E. Lopes
Isaltino Morais e os eleitores
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Olá !
Abstenho-me de tecer comentários sobre o sr. referido neste post, porque como munícipe de Oeiras que sou (há ca. de 35 anos), a única coisa que me apetece fazer quando oiço/leio o nome dele é dizer uma data de PALAVRÕES !!!
Nunca votei nesse sr., sempre votei contra ele, não concordo com os que dizem que ele fez obra, boa, e etc., detesto-o, abomino-o !
Apenas acho que 'isaltas & cia.' só existem porque este povo-país o permite. Porque há muita falta de maturidade intelectual (pensar e saber pensar).
"O pior cego é o que não quer ver"...
Simpatico apellido iberico Pina: Pina Manique, Pina Milan, Pina Moura....
Embora de acordo com a sua opinião sobre o caso Isaltino,tenho algumas reservas a que a mera suspeita leve um político a suspender os seus cargos. Nos tempos actuais em que é tão fácil, sem provas ou forjando-as, lançar notícias na comunicação social, em que cada orgão noticioso quer "ultrapassar" o concorrente, pode ser perigoso seguir esse princípio da demissão imediata. Veja-se o caso de António Vitorino, que a partir do momento em que foi vítima de uma notícia que não correspondia à verdade se demitiu, mas é óbvio que "se ficou nas tintas" para a actividade política. É necessário tentar encontrar algum equilíbrio e analisar a situação caso a caso.
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