Para não esquecer...

Ainda as caricaturas

Sempre defendi que as ideias se combatem com ideias (já me disseram que isto é do Churchill). E defendo que toda a gente deve defender as suas ideias e deve ter direito a expô-las, sejam elas quais forem. Não penso que no caso das caricaturas de Maomé seja diferente.

Mas neste caso há algumas particularidades. Há aqui muito petróleo envolvido e há uma mole imensa de gente que professa uma religião que se sentiu ofendida. Tiremos estes dois elementos (ou um só) e a coisa ficaria reduzida a nada.

Papa com preservativoHá uns anos, o António, no Expresso, caricaturizou o Papa com um perservativo enfiado no nariz. Houve chinfrim. Tivesse a Igreja Católica a força de antanho e teríamos consequências. Mas como a Igreja Católica está na mesma situação que o lince da Malcata...

Há uns anitos tivemos a mesma histeria folclórica aquando do filme je vous salue, Marie de Jean-Luc Godard. Em Lisboa, até o presidente da Câmara Municipal, Krus Abecassis, fez vigília. Nada aconteceu. Não havia poder económico, nem a gente era muita.

O nosso governo e os nossos governantes (mesmo os do poder eclesiástico) lá vão dizendo que há que respeitar a religião dos outros e as diferenças. Cá não temos um litro de petróleo.... e somos poucos.

Já dizia Lenine (anda tão esquecido este rapaz!), sem independência económica não há independência política. Sem poder, ninguém nos tem respeito. Viva o petróleo!

escrito por Carlos M. E. Lopes [texto anterior sobre o tema]

1 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Sr.Carlos!
Não gostei da caricatura do Papa.
Coitado!
Sucesso...