Para não esquecer...

O ESTRANHO MUNDO DA POLÍTICA

Foi com alguma estranheza que li numa revista

(das muitas que me passam pelas mãos semanalmente),
em forma de notícia de rodapé, que o “nosso”
(mais dos outros, que de mim não leva nada porque ainda não o apanhei a jeito…)
Primeiro-ministro e acompanhantes (2 ministros de cujo ministério não me recordo) almoçaram no famosíssimo e não menos caríssimo Il Gattopardo
(para quem não está familiarizado é só um dos restaurantes mais caros de Lisboa e está inserido num dos hotéis mais caros de Portugal – O D. Pedro, nas Amoreiras)
após uma reunião de Conselho de Ministros
(hummm… será que pediram factura?).
Ora, o que me causa mais espécie não é o facto de ele ter ido aí almoçar, poderá sempre fazê-lo, ou mesmo jantar – até porque ouvi dizer que a cozinha nem é má de todo –, mas sim eu não ter sido convidado.

É que pelas últimas notícias a minha presença era e é mais do que necessária; é condição suficiente para que os portugueses possam entender o que vai na alma dos políticos quando se fala de Economia.

Não é que estes marmanjos não conseguem entender-se quanto à taxa de crescimento do PIB para 2006?

O Governo anunciou uns generosos um vírgula qualquer coisa por cento (aproximadamente 30% do valor da OPA sobre a PT) no ano passado – e em Fevereiro já só é de 0,7%, de acordo com um Banco nacional, ou 0,8%, dados do Banco de Portugal.

Há que assumir com frontalidade estes assuntos; o Estado Português deveria emitir o seguinte comunicado, algures no meio da telenovela da TVI e aos quinze minutos do próximo Benfica-Porto:
"O crescimento do PIB português em 2006 vai ser de 3.158.457.893,47 € (e depois em letras miudinhas, muito miudinhas mesmo, aproximadamente 0,5%), o que representa o segundo maior crescimento dos países que fazem parte da imensa e grandiosa Península Ibérica.”
Assim, sim, todos já sabíamos qual ia ser o crescimento do PIB e já não ligávamos nada aos aumentos da gasolina, do tabaco, das multas, do IA, do IVA, da gasolina, das taxas moderadoras, dos transportes, da água, da luz, do gás, da gasolina, do IA e de outros impostos, taxas e contribuições justos e alegremente pagos pela quase generalidade dos cidadãos.

"Grande volta que este gajo deu à notícia!", já exclamaram, de certeza…

Saudações politicamente (in)correctas, um abraço apertadinho como o cinto tipicamente português!

escrito por ai.que.me.foram.ao.bolso.outra.vez.com

2 comentário(s). Ler/reagir:

martim de gouveia e sousa disse...

nova nomeação? e quanto a revistas, falas da da Lencastre?

Ai meu Deus disse...

Ó martim,

o texto não é de mim (ai.valhamedeus), leitor/fã da da Lencastre, por via da Lencastre. O autor é ai.que.me.foram.ao.bolso.outra.vez.com , que não sei se é leitor da da Lencastre. Valha-me Deus a tanta Lencastre!