Para não esquecer...

JÁ CHEGÁMOS À MADEIRA?

As notícias da Madeira são sempre pedagógicas. Jaime Ramos quis andar à pancada com Bernardo Martins do PS no intervalo de uma reunião

(não sei para quê esperar pelo intervalo).
Jaime Ramos sempre inteirado da vida dos progenitores dos seus adversários, terá chamado “filho da puta” ao deputado socialista
(já agora deveria estender a todo o partido, dado o sentimento geral dos portugueses pelo seu governo).
Mas Jaime Ramos é contido, educado e de boas famílias. Jaime Ramos teria agido assim por ter reagido com um “vai à merda” a uma intervenção de Violante Saramago Matos
(é essa, é, filha do nosso Nobel e cunhada de Arnaldo Matos, o dirigente de saudosa memória do MRPP, também ele madeirense).
O presidente do parlamento, Miguel Mendonça, que dirigia a conferência, lembrou que não tem "poderes disciplinares sobre os deputados", que, no quadro dos seus deveres, "têm a obrigação de respeitar a autoridade da mesa". Mas esta, lamentou, nem sempre é obedecida, "apesar dos apelos à contenção". Mendonça, conforme revelaram deputados oposicionistas, terá sido mesmo insultado por um companheiro de partido, numa anterior conferência, com um seu companheiro de partido a dizer-lhe que fosse "para o cara..."
[diz o Público na sua edição de quinta-feira (dia 16 de Março)].
O grande timoneiro, Alberto João, figura de proa do PSD madeirense, detentor de uma carteira invejável de adjectivos com que brinda os adversários, na discussão do orçamento teria chamado burro a um deputado da oposição. Como se vê, o exemplo vem de cima.

Coito Pita, por exemplo, desafia os adversários para a pancada.

Virgílio Pereira, deputado do PSD, esboçou oposição a esta linguagem e Jardim afastou-o
(concordo que um grupo parlamentar tem de ser coerente).
A legitimidade democrática do governo regional e da assembleia regional, ninguém a questiona
(ainda que se possa dizer haver condicionamento na liberdade de expressão, para outros que não para o partido do governo regional).
Mas, convenhamos, a linguagem é excessivamente vernácula.

Cá ainda não chegámos à Madeira e até podemos apelidar o nosso governo de educado, também com uma oposição branduras....

escrito por Carlos M. E. Lopes

1 comentário(s). Ler/reagir:

martim de gouveia e sousa disse...

coito pita para essa gente, então! excelente deflagração irónica. abraço.