Fruto de umas pequenas (mas merecidas) férias tive novamente oportunidade de me dedicar a uma actividade que muito prezo -– a leitura.
Redescobri com agradável prazer as emoções, transtornos, preocupações e sentimentos que nos são transmitidos pelas palavras; mas mais do que isto voltei a sentir-me realmente bem!
Tive oportunidade de revisitar autores como Capote, Sepúlveda, Gao Xingjan, Hemingway, Lobo Antunes ou Huxley.
Detenho-me neste último e na magnífica obra que é Admirável Mundo Novo, não só pela imensidão de sensações transmitidas mas principalmente pela assustadora actualidade da mesma -– se levarmos em conta que vai fazer 60 anos, parece-me extraordinária a semelhança dos relatos com alguns episódios da minha vida de hoje (e da vossa, caros leitores, muito provavelmente).
Recomendo vivamente (leitura ou releitura)!
Como estava em Paris (cidade majestosa em todos os aspectos) aproveitei também para, em longos passeios pelas largas avenidas do centro (um dos muitos) da cidade, reflectir sobre a vida e o seu sentido nos dias de hoje (não quero de forma alguma comparar-me ao génio dos Monty Python).
Ainda por cima, choquei com uma manifestação contra o CPE.
Centenas de pessoas a gritarem, nas ruas, pela abolição de um diploma aprovado pelo parlamento, senado e presidência da república de um Estado de Direito (o primeiro, segundo reza a história). E não é que conseguiram o seu intento?
E se nos desse para fazer o mesmo em Portugal? Será que conseguíamos?
Parece-me que não; portanto vou ter de continuar a resignar-me diariamente, resistindo aos comprimidos mágicos de soma (ver em “Admirável Mundo novo”) hoje transformados em comatosos programas de televisão (como os “Big Brothers” e demais telenovelas).
Valham-me os livros e os CD’s (sim, alguns pirateados) para fugir desta realidade confrangedora.
Um abraço.
escrito por ai.que.me.foram.ao.bolso.outra.vez.com
MUNDO NOVO, VIDA VELHA, PORTUGAL... PARADO
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