O protocolo do Estado
Está em discussão o protocolo do Estado. Há duas versões: uma do PSD e outra do PS, subscritas, respectivamente, por Mota Amaral(o João Bosco)e Vera Jardim. Segundo se diz, João Bosco quer a Igreja Católica ao nível de ministro e à frente destes. Sobre o projecto do PS é omissa a notícia.
Sempre me habituei a ver, desde há muitos anos, a Igreja Católica em cerimónias oficiais. Quer na bênção de um avião, de um barco, quer em cerimónias militares e de natureza política. Mas o nosso Estado é um Estado laico, indiferente a religiões, devendo respeitar-se todas as religiões e não uma em particular. Respeitar-se, mas afastada dos negócios do Estado e das cerimónias.
Sou ateu
(fervoroso)e acho que a Igreja foi
(e é)perniciosa, preconceituosa, reaccionária. Que o Estado deve ver-se livre dessa carga e não só ser laico mas parecê-lo. Mas isso não impede que tenha alguma tristeza
(confesso)por deixar de ver aquele vermelho cardinalício nos palanques. Se fosse católico
(e mesmo não sendo)deixaria cair esse privilégio, ante a possibilidade de ver subir aos palanques os protestantes, os adventistas, o Reino de Deus, a Igreja Maná, os Jeovás e toda a trampa obscurantista que por aí pulula.
escrito por Carlos M. E. Lopes
1 comentário(s). Ler/reagir:
Já era para ter dado o meu apoio ao que foi dito neste post à mais tempo.
Temos que os desmascarar. São a base de muitos males com que o mundo se defronta.
Um abraço ateu
MF
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