greves "oportunistas"
- O ensino está na praça pública. Se isso servisse para um autêntico debate público, seria óptimo
[para todos, dos professores aos alunos. E, obviamente, para o país].
Mas não. A equipa do Ministério da Educação lançou-se ao ataque[como se o poder não tivesse qualquer responsabilidade no estado do ensino],
alguns comentadores[falantes ou "escrevidores"]
puseram-se em bicos de pés para a função de acólitos... e aí temos uma série de chavões[muitos deles, falsos. Muitos.]
repetidos, de início pelos acólitos, e depois pela "opinião pública".
Gostaria de(com esta "mini-série" a que chamei Paredes de vidro)
"desmontar" alguns deles. Sempre que possível, com recurso ao concreto. A exemplos concretos. - Está espalhada uma certa "animosidade" contra as greves marcadas em vésperas de fim de semana ou a seguir ao fim de semana ou em vésperas de feriados
[veja-se a última dos professores, a 14 de Junho. Comentadores quiseram
Argumento invocado: ao fazer essa opção, os Sindicatos são oportunistas. Porque, assim, se facilita a adesão à greve.
desacreditá-la por ser entre feriados -- "esquecendo-se" de que isso seria apenas em Lisboa, como se Portugal fosse Lisboa. Houve até professores para quem esse pretexto serviu de desculpa para não aderirem à greve -- são os professores que fariam sempre a outra greve...].
Admitamos que é "oportunismo" convocar uma greve nessas datas. Se for só para fugir a esse "oportunismo", convocá-las noutras datas[a meio da semana, por exemplo]
não é "oportunismo" mas é tolice. Se a greve se justifica e se, para ser feita à quarta-feira em vez de ser à sexta, não há outra razão[senão a de escapar ao "oportunismo"],
faça-se à sexta!
Admitamos que esse "oportunismo" produz uma maior adesão à greve dos eventuais grevistas. Sejamos "oportunistas", então! Não ser "oportunista", só pode prejudicar a adesão à greve[é por isso que "eles" atacam este "oportunismo"].
Não o ser, só pode ser tolice!
escrito por ai.valhamedeus
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