Para não esquecer...

ISRAEL, O LÍBANO E OS OUTROS

Ninguém duvida de que o Hezbollah ganhou a recente guerra

(à excepção de Pacheco Pereira, José Manuel Fernandes e Caetano Veloso).
Eu não disse que o Hezbollah tinha razão.

Ninguém duvida de que os Estados Unidos perderam a invasão do Iraque
(à excepção de Pacheco Pereira, José Manuel Fernandes e, talvez, Caetano Veloso).
Eu não digo que o Sadam é um cavaleiro libertador.

Ninguém duvida de que os Estados Unidos estão a perder a “guerra” no Afeganistão
(à excepção de Pacheco Pereira, José Manuel Fernandes e, provavelmente, Caetano Veloso).
Eu não disse que os talibans são uns senhores.

Depois de despejar milhares de bombas e milhões de dólares sobre o sul do Líbano, Israel não ganhou nada e terá de negociar com os terroristas.

Depois de invadir o Iraque com milhares de soldados, os Estados Unidos parecem reféns, vivendo em guetos, sem poderem deambular pelo país “libertado”.

Depois da queda dos Talibans em 2001, todos os dias há mortes violentas e o povo parece querer voltar à era Taliban.

Que raio, depois de tantas certezas da superioridade militar do Ocidente, ainda ninguém percebeu que há guerras que não se ganham com armas convencionais? Já se esqueceram da canção
“não há machado que corte a raiz ao pensamento”?
Eu não disse, nem digo, que os outros têm razão, mas que parece que este pessoal, desde o Vietname, ainda não percebeu nada, lá isso parece.

Mas... e se, nisto tudo, os parvos somos nós que ainda não percebemos que a indústria de armamento não quer ganhar guerras mas simplesmente fomentá-las?

escrito por Carlos M. E. Lopes

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