Para não esquecer...

AINDA O TERRORISMO

Como se sabe, nos Estados Undios existe um partido sempre preparado para a guerra. É o partido republicano. É certo e sabido que os republicanos, logo que se alcandoram ao poder, fazem a despesa miltar disparar para números nunca antes atingidos. E todos os fabricantes de armas e de todo o tipo de armas fazem parte das longas comitivas das visitas presidenciais por esse mundo fora. Foi assim com Reagan, é assim com Bush. Reagan, recorde-se, desenvolveu o programa da guerra das estrelas. O Bush pai lá despejou umas bombas aquando do Koweit. Este Bush aventurou-se no Iraque, no Afeganistão, ameaça a Líbia, o Irão e a Coreia do Norte e faz peitos à China

(ainda que não muito).
Face a “estas ameaças à liberdade” há que proteger a democracia. Daí aumentar o orçamento de defesa, sem descurar o investimento civil no libertado Iraque.

A coisa hoje até está mais fácil. Com a guerra do Vietname, deixou de haver serviço militar obrigatório e, daí, é percorrer as zonas mais deprimidas dos Estados Unidos à procura de “voluntários” que queiram servir a Pátria a troco do reconhecimento dessa mesma Pátria e de um vencimento impensável nos guetos onde vegetam tais “voluntários”. A classe média, que não tem lá os filhos, está-se borrifando.

Canhões, tanques, aviões, navios, helicópetros, armas inteligentes, enfim, um conjunto de armas de destruição é avidamente fabricado para combater o mal e os maus. Aos republicanos nada mais resta que este recurso à corrida às armas. Depois, bem... depois têm os “intelectuais” que lhes dão guarida, os defendem, num confrangedor papel de inocentes úteis. E esse papel é tanto mais revelador quanto à frente de tais conservadores americanos aparece uma personagem como Bush, abertamente chamado de imbecil e pateta, mesmo pelos americanos
(ou sobretudo por eles).
A guerra ao “terrorismo”
(tal como nós, em África, nos anos sessenta e setenta),
feita com tais armas é ridícula. Aquelas armas foram pensadas para guerras convencionais, para combater a União Soviética, a China, a Coreia. Tal como na guerra dos portugueses em África, não dão para combater a guerrilha.

Segundo sei, havia no tempo da guerra colonial portuguesa uma actividade que era a “psico”. Actividade levada a cabo no sentido de sensibilizar os africanos para o nosso lado. Os Estados Unidos, ou melhor, os republicanos sabem isto melhor que nós. Eles têm as armas para gastar e “voluntários” para morrer. O que lhes faltava? Um inimigo para vencer. Vai daí atiram-se ao Afeganistão, ao Iraque, ameaçam o Irão e a Coreia.

O Congresso americano “descobriu”
(uma coisa que qualquer pessoa já tinha visto)
que o Sadam nada tinha com o Bin Laden. Mas isso levou a algum resultado? Tal descoberta já são “sopas fora do jantar”, as bombas já foram atiradas, os tanques lançados, os aviões já trabalharam, etc. e tal. Aos conservadores não lhes interessa ganhar guerras, basta fazê-las. E eles sabem que esta não é para ganhar. Ou melhor, ganham, fazendo-as.

escrito por Carlos M. E. Lopes

0 comentário(s). Ler/reagir: