[ou Shostakovich ou Chostakovitch]nasceu em Sampetersburgo em 1906. Faz este ano
[fez ontem]100 anos.
Há quem lhe critique
[há mesmo quem não lhe perdoe]o conformismo em relação ao regime soviético
[a Estaline].Mas há quem afirme que esse conformismo é só de fachada
[foi ideologicamente condenado num artigo do Pravda e por uma resolução do Comité Central do Partido Comunista, embora tenha sido reabilitado e agraciado mais tarde],fachada sob a qual esconde a sua liberdade criadora: a obra que compôs testemunharia a sua luta titânica para conseguir um espaço de liberdade no interior de um sistema soviético que constantemente suspeitou do compositor.
A revista francesa Classica-Répertoire de Setembro propõe 10 obras-chave para descobrir o Chostakovich:
- Sinfonia nº 1, composta com apenas 19 anos.
- Lady Macbeth de Mzensk (1934): uma das duas óperas que o compositor terminou. Obra-prima, infelizmente sem continuação.
- Sinfonia nº 5 (1937): marco da sua reabilitação oficial, inaugura um novo estilo, mais acessível e patético, ainda mais possante.
- Quinteto com piano (1940): obra ideal para entrar na sua música de câmara.
- Sinfonia nº 8 (1943), "sinfonia de guerra". "Raramente uma música terá exprimido com tanta força e justeza a cegueira de uma época e o absurdo dos destinos individuais".
- Concerto para violino nº1 (1948), um imenso grito de revolta.
- Quarteto nº 8 (1960), o mais, justamente, célebre dos 15 quartetos para cordas.
- Sinfonia nº 13 "Babi Yar" (1962). Quadro negro da vida quotidiana na URSS e denúnica virulenta do anti-semitismo.
- Sinfonia nº 14 (1969), ciclo de melodias para soprano, baixo e orquestra de câmara sobre o tema da morte.
- Quarteto nº 15 (1974, 1 ano antes da morte, ocorrida em Agosto de 1975): o cume do ascetismo.
1 comentário(s). Ler/reagir:
Independente da ideologia de Chostakovich, com a qual compartilho, ele foi o maior compositor do século 20 e um ícone da música clássica.
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