Entrei numa livraria.
Pus-me a contar os livros que há para ler e os anos que terei de vida.
Não chegam, não duro nem para metade da livraria.
Deve certamente haver outras maneiras de se salvar uma pessoa,
se não estou perdido.
No entanto, as pessoas que entravam na livraria estavam
todas muito bem vestidas de quem precisa salvar-se.
Pus-me a contar os livros que há para ler e os anos que terei de vida.
Não chegam, não duro nem para metade da livraria.
Deve certamente haver outras maneiras de se salvar uma pessoa,
se não estou perdido.
No entanto, as pessoas que entravam na livraria estavam
todas muito bem vestidas de quem precisa salvar-se.
Texto de Almada Negreiros. Foto e selecção de texto de Paulo Neto
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