Para não esquecer...

ALBERTO JOÃO JARDIM

O Alberto

[o João Jardim]
esteve em entrevista na RTP. Foi por mero acaso que não perdi esta oportunidade de desopilar o fígado. E desopilei.

Goste-se ou não do homem
[e eu não gosto, por razões que reputo sérias],
sabe bem, neste circo pegado em que vivemos, assistir ao espectáculo da entrevistadora a fazer perguntas constantemente à espera de que o entrevistado respeite as habituais regras do jogo
[mesmo aquelas, muito generalizadas, que permitem à primeira interromper o segundo antes de este ter concluído a resposta]
e o entrevistado a constantemente iludir essas regras, para ler o dis-curso que trazia preparado.

Uma pedra na engrenagem, mesmo quando não é pedra que agrade, é sempre uma pedra na engrenagem.

E fica aqui registo de algumas tiradas... jardinescas
(citadas de memória):
  1. referindo-se a alguns governos africanos, Jardim apelidou-os de "cleptocratas africanos". Eu diria que não é só em África que há cleptocracias
    [um neologismo bem... esgalhado];
  2. ao governo pê-èsse referiu-se insistentemente como "o governo do senhor secretário-geral do Partido Socialista";

  3. a jornalista: "não lhe perguntei isso". O entrevistado: "não perguntou, mas vai ter que o saber...";

  4. Jardim começou a entrevista exprimindo o receio de que a entrevistadora pudesse sofrer retaliações pelo facto de o entrevistar; e terminou com uma oferta: "se sofrer consequências, dou-lhe asilo na Madeira".
escrito por ai.valhamedeus

2 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Não gostando eu do ilhéu, confesso todavia que me entusiasmou a forma como esgalhou nos neo-liberais p"s"...
(vitor)

Anónimo disse...

O que me preocupa é a cegueira de quem acredita na teoria das grandes obras.
Com o dinheiro que ele sempre teve, mercê das chantagens que os equilibrios que os deputados do PSD Madeira geravam nos diverosos elencos da AR, é fácil, muito fácil fazer obra.