O Alberto
[o João Jardim]esteve em entrevista na RTP. Foi por mero acaso que não perdi esta oportunidade de desopilar o fígado. E desopilei.
Goste-se ou não do homem
[e eu não gosto, por razões que reputo sérias],sabe bem, neste circo pegado em que vivemos, assistir ao espectáculo da entrevistadora a fazer perguntas constantemente à espera de que o entrevistado respeite as habituais regras do jogo
[mesmo aquelas, muito generalizadas, que permitem à primeira interromper o segundo antes de este ter concluído a resposta]e o entrevistado a constantemente iludir essas regras, para ler o dis-curso que trazia preparado.
Uma pedra na engrenagem, mesmo quando não é pedra que agrade, é sempre uma pedra na engrenagem.
E fica aqui registo de algumas tiradas... jardinescas
(citadas de memória):
- referindo-se a alguns governos africanos, Jardim apelidou-os de "cleptocratas africanos". Eu diria que não é só em África que há cleptocracias
[um neologismo bem... esgalhado];
- ao governo pê-èsse referiu-se insistentemente como "o governo do senhor secretário-geral do Partido Socialista";
- a jornalista: "não lhe perguntei isso". O entrevistado: "não perguntou, mas vai ter que o saber...";
- Jardim começou a entrevista exprimindo o receio de que a entrevistadora pudesse sofrer retaliações pelo facto de o entrevistar; e terminou com uma oferta: "se sofrer consequências, dou-lhe asilo na Madeira".
2 comentário(s). Ler/reagir:
Não gostando eu do ilhéu, confesso todavia que me entusiasmou a forma como esgalhou nos neo-liberais p"s"...
(vitor)
O que me preocupa é a cegueira de quem acredita na teoria das grandes obras.
Com o dinheiro que ele sempre teve, mercê das chantagens que os equilibrios que os deputados do PSD Madeira geravam nos diverosos elencos da AR, é fácil, muito fácil fazer obra.
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