O tão celebrado poder autárquico tornou-se um monstro. Há que dizê-lo. Os Ruas, Loureiros, Isaltinos, Fátimas Felgueiras e Cia. Lda. aí estão no seu esplendor.
Em Espanha, a propósito da corrupção autárquica no que respeita à construção urbana, há quem esteja alarmado. Segundo o Público, 100 mil casas vão ser destruídas por ilegais. E quem vai ser prejudicado? Os compradores. Os “promotores” e os políticos nada vão sofrer. 800 mil casas construídas por ano, mais do que a Alemanha, a Itália e a Inglaterra juntos, eis a “fúria” espanhola.
Há cerca de dois meses, um catedrático de urbanismo espanhol dizia que nos próximos três anos deveriam as empresas espanholas investir em Portugal, em construção para segunda habitação de espanhóis. Sobretudo junto à fronteira. Esse é já um facto. De Tavira a Vila Real de Santo António, não há m2 urbanizável ou que possa vir a ser urbanizável que os espanhóis não tenham ou não se aprestem a comprar. Os nossos autarcas exultam com tal “progresso”. Mais rotundas, mais polidesportivos
(sem desportistas),mais parques de lazer abandonados.
Há que deixar a sociedade “civil” actuar. E nós irmos ao fundo com tanto progresso.
escrito por Carlos M. E. Lopes
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