Para não esquecer...

TESTE (INTER)MÉDIO

Dia 6 de Dezembro de 2006.

A sala 26-A da Escola Secundária de Emídio Navarro estava repleta de alunos que, num esforço último, faziam exercícios, com vista a não serem amaldiçoados pela dificuldade que o GAVE lhes proporia no dia seguinte: o Teste Intermédio de Matemática.Em casa, pelo que ouvi, estudou-se, marrou-se, mais exercícios se fizeram, mais copianços permitidos se introduziram na bendita calculadora gráfica TI-84, muitas contas se fizeram acerca da probabilidade de ter uma boa nota no dia seguinte.

Só a pequena minoria se absteve desse stresse matemático
(ainda que calculando as probabilidades de passarem à fase seguinte da Champions)
e assistiu à malograda derrota do Benfica em terras de Sua Majestade ou, como eu, ao jogo sem grande interesse, mas com objectivos cumpridos, do FCPorto.

No que a mim me diz respeito, dormi descansado.
Dia 7 de Dezembro de 2006.
A sala 26-A, pelas 8:30 horas, tinha alguns elementos com as suas coisitas de Matemática abertas. Também estive lá presente. Mais por descargo de consciência, para não dizer que não fiz mais um pequeno esforço. Penso que assim todos estavam. Porque, em vez de se estudar, revelavam-se os pormenores da noite mal dormida e dos exercícios feitos na noite anterior.
Pelas 9:00 horas, retirei-me da sala. O ambiente estava a ficar demasiado stressante para os neurónios de que precisaria uma hora depois. Fui cumprir o meu ritual para os testes de Matemática: bebi o meu chá verde bem quente
(para acalmar… dizem)
e comi a minha tablete de chocolate preto
(para estimular a rapidez de resposta do cérebro…dizem).
Às 10:15 horas, começou o teste. A sua resolução estava-me a deixar desconfiado. Muitos valores para coisas demasiado fáceis. Li, reli, à espera das famosas ratoeiras da Matemática… mas não. Era mesmo assim. Era mesmo demasiado fácil. Quando tocou para o fim do teste, pensei acordar e sentir que tudo não tinha passado de um sonho cor-de-rosa, em que, nesse sonho, o teste me tinha corrido muito melhor do que esperava. Mas compreendi que não tinha sido sonho: era
(quase ?)
unânime que o teste tinha sido realmente muito fácil. Mas permaneci desconfiado na mesma.
Porém, nessa noite, fui ao site do GAVE e realmente as minhas respostas coincidem, excepto uma de escolha múltipla, com a resolução que propus para a versão 1 do teste.
Se este teste é, também, uma preparação para o exame a realizar no fim do ano, é de esperar
(falsamente ?)
que o exame seja também ele muito fácil… o que contradiz a luta ao facilitismo
(da progressão de carreira dos docentes)
do sr. Sócrates.

Nem tudo é fácil… :-)

escrito por Pedro Santos

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